Iniciaram-se as negociações com o Governo nas diversas áreas, estando a exigência sindical focada nas garantias do programa eleitoral, ampliadas nos comícios, entrevistas e demais ações.

É chegada a hora de cumprir o prometido!

No final da semana passada, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) e os sindicatos encetaram conversações sobre a recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias, reivindicando estes maior celeridade, como expectável.

Neste diálogo, importa perceber quais os principais indicadores de cada uma das partes:

- os sindicatos suportam a sua força negocial em duas questões fulcrais: i) o facto de os docentes da Madeira e dos Açores terminarem a recuperação total do tempo de serviço no próximo ano; ii) a arbitrariedade criada com o regresso de alguns ao continente, ocasionando ultrapassagens na lista graduada, sinónimo de melhores hipóteses de colocação. Para todos os que não tiveram a sorte desta conquista, o tempo de espera foi assaz longo e, naturalmente, a paciência esgotou-se, restando a esperança renovada pelas promessas de campanha;

- o MECI tem a seu favor a (continuada) desunião sindical, estando em cima da mesa, pelo menos, três modelos cronológicos de se repor a paridade, sendo ponto comum a concretização nesta legislatura.

É da mais elementar justiça que todos os docentes no ativo obtenham a recuperação total do tempo de serviço - com os devidos efeitos e sem truques, não tendo sido o caso na aplicação do acelerador de progressões. Assim, urge encontrar compensações para os que não forem abrangidos por se terem aposentado ou estarem prestes a jubilar.

Não estando refém dos sindicatos, é desaconselhável ao Governo esticar muito a corda, condicionado pelas promessas que proferiu e que propicia a resolução do conflito a favor dos docentes, desprovidos há largos anos do que é seu por direito.

A paz e a tranquilidade desejadas devem ser repostas nas escolas a brevíssimo trecho, sob pena de assistirmos a um desassossego generalizado no final do ano letivo, com repercussões no arranque do próximo.

A pergunta impõe-se: estará o atual ministro das Finanças disposto a apoiar a nossa (também sua!) Educação?

QOSHE - O prometido é devido - Filinto Lima
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O prometido é devido

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07.05.2024

Iniciaram-se as negociações com o Governo nas diversas áreas, estando a exigência sindical focada nas garantias do programa eleitoral, ampliadas nos comícios, entrevistas e demais ações.

É chegada a hora de cumprir o prometido!

No final da semana passada, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) e os sindicatos encetaram conversações sobre a recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias, reivindicando estes maior celeridade, como expectável.

Neste diálogo, importa perceber quais os principais indicadores de cada uma........

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