É habitual, por esta altura. lançar um olhar sobre o ano que termina.

Não é uma avaliação do ano velho. Será, neste nosso Visto, tão somente, uma vista de olhos, sem a presunção de uma avaliação. Decerto que até haverá quem considere que não temos esse direito, o de, do lado de cá do Marão, lançar uma vista de olhos sobre o que foi acontecendo por cá e até um pouquinho pelo mundo. Será sempre a o meu olhar, claro!

Pois a nível internacional, assinalamos como positivo a Cimeira que terminou há dias em desertos de muito petróleo. Ela mostrou um avanço significativo na consciencialização dos malefícios das alterações climáticas que se verificam e da necessidade de as combater, incluindo a transição para o fim do uso dos combustíveis fósseis que levem à neutralidade carbónica até 2050. Por sua vez, a continuação da guerra da Rússia-Ucrânia e o terrorismo no Médio Oriente são elucidativos como o “homem continua a ser um lobo para o outro homem”. Plauto (254-184 a.C.)

Negativo, ainda, a opção do Banco Central Europeu com as subidas sucessivas das taxas de juro e as inerentes consequências nos juros de empréstimos, nomeadamente, para aquisição de casa própria.

No âmbito nacional, destaque para o facto de três agências de notação financeira atribuírem à dívida soberana portuguesa uma notação positiva. Tal facto, como consta na fundamentação, reflete os efeitos positivos de reformas económicas e orçamentais e de outras performances da economia portuguesa. Aliás, isto evidencia como é importante que a dívida pública diminua, que haja excedente orçamental e a economia seja mais exportadora que nunca. Pelo reconhecimento da importância do programa das creches gratuitas para os casais jovens, este ano alargado, registo-o como muito positivo. Já entre os aspetos negativos, ressalta o curto investimento público, assim como a dissolução da AR, uma segunda vez em dois anos e a demissão de António Costa, num contexto que ainda não dá bem para entender.

Quanto ao nível regional e local, realço o concurso para a eletrificação do troço da Linha do Douro entre Marco de Canaveses e a Régua, a musealização da Central de Biel, em Vila Real, como recurso para o turismo industrial, apta a integrar o Programa de Estruturação da Oferta de Turismo Industrial.

De negativo, não consigo evitar a referência ao novo modelo de lombas em algumas ruas da cidade de Vila Real.

Muito positivo é o poder desejar a todos, aos leitores e aos que fazem semanalmente AVTM, um Feliz Natal, que seja solidário e farol na construção da paz.

QOSHE - Um olhar sobre o ano que finda - António Martinho
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Um olhar sobre o ano que finda

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21.12.2023

É habitual, por esta altura. lançar um olhar sobre o ano que termina.

Não é uma avaliação do ano velho. Será, neste nosso Visto, tão somente, uma vista de olhos, sem a presunção de uma avaliação. Decerto que até haverá quem considere que não temos esse direito, o de, do lado de cá do Marão, lançar uma vista de olhos sobre o que foi acontecendo por cá e até um pouquinho pelo mundo. Será sempre a o meu olhar, claro!

Pois a nível internacional, assinalamos como positivo a Cimeira que terminou há dias em desertos de muito petróleo. Ela mostrou um avanço significativo na consciencialização dos malefícios das alterações........

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