O título desta crónica foi retirado, com a devida vénia, do livro do Embaixador Francisco Seixas da Costa, ilustre vila-realense, cujo lançamento decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, no passado dia 28 de novembro, evento onde estive presente e me foi autografado um exemplar da sua obra.
O auditório, onde se realizou este acontecimento cultural, encontrava-se completamente lotado, contando com a presença de muita gente anónima e figuras públicas de vários quadrantes políticos, o que prova ser o autor uma figura consensual no seio da nossa classe política. Caraterística essa patente na escolha dos apresentadores, o Professor Universitário Jaime Nogueira Pinto e o Jornalista Ferreira Fernandes, antigo diretor do DN, perfilhando ambos, como é sabido, ideologias divergentes.
O livro, da editora D. Quixote, prefaciado pelo antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Jaime Gama, é constituído por um conjunto de crónicas, que se situam em termos temporais entre 2009 e 2022, redigidas numa escrita acessível e escorreita, abordando diversas situações recheadas de episódios com personalidades conhecidas, a maior parte delas, nacionais e estrangeiras da vida política, social e cultural com quem se cruzou ou conviveu durante a sua rica e longa carreira diplomática.
Tive oportunidade, durante breves instantes, dado que o Embaixador Seixas da Costa, na qualidade de anfitrião, era naturalmente o centro de todas as atenções, de conversar com ele, onde concluímos que ambos frequentámos o antigo Colégio da Boavista, em meados dos anos 60 do século passado.
Como curiosidade, não posso deixar de referir a circunstância do apresentador Ferreira Fernandes, a dado passo da sua intervenção, ter revelado que durante uma visita à província angolana do Cuanza Norte, no período pós-independência de Angola, do antigo ministro angolano das Relações Exteriores, Paulo Jorge, o soba local ao ver um branco no palco ter aproveitado para agradecer ao MPLA o facto de ter trazido os portugueses de volta. Evidentemente, que esta narrativa provocou a gargalhada geral no auditório.
Este episódio vem, de certo modo, segundo a minha leitura, desmistificar algumas aleivosias que por aí se propagam, sobre o relacionamento negativo existente no passado, entre os portugueses e as populações autótones. Houve de facto casos impróprios cometidos por alguns, mas, como em tudo na vida, não se pode confundir a árvore com a floresta.
Parabéns ao Embaixador Francisco Seixas da Costa pela publicação desta obra, que muito dignifica a cultura portuguesa e prestigia a sua origem vila-realense.
PS: Aproveito para desejar a todos os colaboradores e leitores da VTM votos de Boas Festas.
Antes que me esqueça
6
1
21.12.2023
O título desta crónica foi retirado, com a devida vénia, do livro do Embaixador Francisco Seixas da Costa, ilustre vila-realense, cujo lançamento decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, no passado dia 28 de novembro, evento onde estive presente e me foi autografado um exemplar da sua obra.
O auditório, onde se realizou este acontecimento cultural, encontrava-se completamente lotado, contando com a presença de muita gente anónima e figuras públicas de vários quadrantes políticos, o que prova ser o autor uma figura consensual no seio da nossa classe política. Caraterística essa patente na escolha dos apresentadores, o Professor Universitário Jaime Nogueira Pinto........
© A Voz de Trás-os-Montes
visit website