Não obstante a campanha eleitoral para as eleições legislativas de 10 de março se encontrar longe de oficialmente começar, mostra-se com longa anterioridade sabido que uma das palavras de ordem nas antecedentes semanas ao sufrágio será Radical.

Assim se propagou no período em que Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro disputaram as eleições diretas à liderança do Partido Socialista, tendo o primeiro sido constantemente e de forma pouco original atacado por todos os seus adversários políticos além partido, que naturalmente pretendiam um resultado inverso à sua vitória.

Antevendo que a eleição lhes traria maior prejuízo que benefício, foi estratégia dos seus concorrentes o relacionar do agora líder do Partido Socialista à conotação negativa da palavra que – muitas vezes e erradamente – se vai confundindo com loucura, autoritarismo e exercício de limitação intelectual.

Joaquim Miranda Sarmento, líder parlamentar do PSD, aferiu que “Pedro Nuno Santos é um radicalista”, José Miguel Júdice declarou que o “radicalismo não saiu de Pedro Nuno Santos” e até Luís Montenegro chegou a proclamar “Deus nos livre ter um radical a governar”. Mas afinal, o que é ser um radical?

Etimologicamente, a palavra em crise advém do latim radicalis, que significa relativo à raiz. Transferida para o contexto político, a expressão encaminha-nos à intenção ou ação de – por intermédio de profundas reformas – se criar uma visão alternativa da sociedade.
No entanto, assentando o termo a Pedro Nuno, será sempre no seu conceito positivista que se consubstancia no pragmatismo, no desvio daquilo que é norma e nas acentuadas mudanças ao status quo que vem prevalecendo abrigado pelos líderes e detentores de altos cargos partidários os quais, falaciosamente, difundem e combatem um ideal de radicalismo inexistente.

Independentemente do carater e robustez, verifica-se consensual o priorizar de reformas no contexto da governação portuguesa, nomeadamente nos setores da saúde, educação e habitação. Porém, para que tal suceda, revela-se fulcral uma liderança prática com o devido empenho, dotada de capacidade, coragem e atrevimento para implementar todas as medidas quanto necessárias na prossecução do interesse publico e no metamorfosear de alguma displicência que se perpetua.

Perspetivando-se que o seja num futuro próximo, mas ainda não sendo PNS o modelo de candidato de aglomeração absoluta ou interpartidária, certo é que vem provando possuir tudo quanto necessário para vencer eleições, motivo pelo qual – indignamente – o apelidam repetidamente de radicalista e de “enfant terrible”, numa frustrada tentativa de descredibilização à sua convicção e transparência, que são inegáveis.

Tendo por ponderação as atuais circunstâncias sociais, políticas e económicas da nação, e por consideração todas as outras opções governativas e os perigos que carregam, pouco nefasta e muito determinante se vislumbra uma governação de um bom radical como Pedro Nuno Santos.

QOSHE - PNS, o bom radical - Iuri Morais
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PNS, o bom radical

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11.01.2024

Não obstante a campanha eleitoral para as eleições legislativas de 10 de março se encontrar longe de oficialmente começar, mostra-se com longa anterioridade sabido que uma das palavras de ordem nas antecedentes semanas ao sufrágio será Radical.

Assim se propagou no período em que Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro disputaram as eleições diretas à liderança do Partido Socialista, tendo o primeiro sido constantemente e de forma pouco original atacado por todos os seus adversários políticos além partido, que naturalmente pretendiam um resultado inverso à sua vitória.

Antevendo que a eleição lhes traria maior prejuízo que benefício, foi estratégia dos seus concorrentes o relacionar do agora líder do Partido Socialista à conotação........

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