Em 30 de março de 2022, tomou posse o XXIII Governo Constitucional, liderado por António Costa (AC) com maioria absoluta.

Desde 2 de maio de 2022, até 7 de novembro de 2023, ocorreram 10 demissões de membros do governo, e ainda a do 1º ministro, a seu pedido. A 13 do corrente mês, João Galamba apresentou a sua demissão, que foi aceite, e no próprio dia, exonerado pelo Sr. Presidente da República (PR).

Em qualquer país normal tudo isto não passaria de uma crise política, mas, decisivamente, Portugal não é um país normal. A Comunicação Social (CS) saiu a terreiro com tudo, os comentadores responsabilizaram o Ministério Público (MP) pela demissão de AC e, pasme-se, até houve quem exigisse a quebra do segredo de justiça, porque os Magistrados não eram de confiança e porque as regras de funcionamento de um Estado de Direito não se aplicam à “casta dos insuspeitos”, da qual (AC) parece fazer parte.

O MP investigou os indícios. O Supremo Tribunal de Justiça está a avaliar como lhe compete. A CS está a fazer a “defesa” antecipada de AC na praça pública.

António Costa demitiu-se por vontade própria, não porque fosse obrigado. Para justificar a sua decisão, urdiu um conjunto de armadilhas com o objetivo de descredibilizar todas as instituições do Estado. Começou pela PGR passou pelo PR e acabou no Conselho de Estado. Um desvario que nem os seus mais próximos poupou, mas, mesmo assim, ainda contou com a colaboração de Centeno e de toda a comandita socialista que se está “cagando para o segredo de justiça”, lembra-se do processo Casa Pia?

No sábado decorria o congresso do PSD e as TV`s, em Viana do Castelo, questionaram o delfim de AC, sobre o aumento de pensões referido no discurso de Montenegro. Este socialista radical referiu logo o corte de pensões que o PSD fez no tempo de Pedro Passos Coelho (PPC). Desonestidade intelectual é o mínimo que se pode dizer das pessoas que repetem isto até à exaustão. Como todos sabemos, PPC teve que cumprir um programa do FMI acordado pelo sr. Sócrates, que por mero acaso era socialista, pois já não havia dinheiro para pagar salários, nem pensões. A dívida que o delfim de AC não queria pagar, foi contraída pelos socialistas. Ao PPC não mais restou senão gerir e bem o pagamento aos credores e restabelecer a credibilidade internacional do país “sem fazer tremer as pernas dos banqueiros franco-alemães”.

Um socialista que se humilha perante o país, pedindo desculpa, para continuar como ministro, depois de AC lhe ter revogado um decreto sobre o aeroporto que tinha publicado no dia anterior. Um socialista que tem uma memória parecida com a do peixe, quando afirmava não ter ratificado a indeminização a Alexandra Reis.

Um socialista radical assim apoiado pelas autodenominadas elites socialistas (Álvaro Beleza, Francisco Assis, Sérgio Sousa Pinto…,) faz jus à verdadeira ideia dos socialistas quando são governo; tudo vai correr bem até não haver dinheiro….

Será nisto que os portugueses querem voltar a insistir?

QOSHE - A casta dos insuspeitos - Levi Leandro
menu_open
Columnists Actual . Favourites . Archive
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close
Aa Aa Aa
- A +

A casta dos insuspeitos

18 0
30.11.2023

Em 30 de março de 2022, tomou posse o XXIII Governo Constitucional, liderado por António Costa (AC) com maioria absoluta.

Desde 2 de maio de 2022, até 7 de novembro de 2023, ocorreram 10 demissões de membros do governo, e ainda a do 1º ministro, a seu pedido. A 13 do corrente mês, João Galamba apresentou a sua demissão, que foi aceite, e no próprio dia, exonerado pelo Sr. Presidente da República (PR).

Em qualquer país normal tudo isto não passaria de uma crise política, mas, decisivamente, Portugal não é um país normal. A Comunicação Social (CS) saiu a terreiro com tudo, os comentadores responsabilizaram o Ministério Público (MP) pela demissão de AC e, pasme-se, até houve quem exigisse a quebra do segredo de justiça, porque os........

© A Voz de Trás-os-Montes


Get it on Google Play