O “centro histórico” duma localidade refere-se à área urbana que possui significativa importância histórica, cultural, arquitetónica e social.

Geralmente, são partes antigas dos lugares, preservando características e estruturas que remontam a períodos passados. Aí encontramos monumentos, igrejas, edifícios da administração pública, casas antigas e ruas que desempenharam um papel marcante na história e na vivência das pessoas que nelas habitam, e dos seus antepassados, e ao mesmo tempo servem de atrativo, interesse e curiosidade ao turista. Não precisamos andar muitos quilómetros para encontrarmos cidades com belíssimos exemplos de aproveitamento e rentabilização dos seus centros históricos: Bragança, Viseu, Guimarães ou Braga.

Falar do nosso centro histórico, é falar dum local de vivências e memórias, que me leva a um tempo em que estes tinham um papel essencial, quanto à dinâmica, à identidade, referência dos seus habitantes e de quem nos visitava. O tempo não o poupou, mas é essa função que tem de ser reconquistada.

Olho com preocupação e tristeza o passado recente, de promessas de um desenvolvimento eternamente adiado e insistentemente prometido. Muitos planos de revitalização, são elaborados por equipas políticas e usados como bandeiras de conquista, sem participação efetiva da população local e até à data, sem resultado efetivo, não se podendo simplesmente atirar as culpas a quem lá está.

Os dados demográficos, espelham o resultado das políticas adotadas e contribuem negativamente para a sustentação do desenvolvimento do nosso núcleo urbano.

É necessário estimular a gestão integrada e participativa, envolver a população e concretamente os comerciantes locais na formulação e implementação de soluções.

Temos de estabelecer metas de reabilitação, desenvolvimento e promoção de negócios, revitalizando o comércio, dinamizando o turismo, a cultura e o lazer.

Temos de estabelecer estratégias para alcançar as metas estipuladas, com uma nova abordagem política, assente na colaboração do setor público e setor privado.

Para a prossecução destes objetivos é necessário, por um lado, um planeamento efetivo e atempado, e por outro, uma forte mobilização de esforços, pois intenções desta envergadura exigem um quadro complexo de parcerias, envolvendo a associação empresarial e a autarquia, enquanto promotores locais, mas também empresários e comerciantes a título individual, proprietários e residentes.

Por último considero a criatividade, uma fonte geradora de inovação e empreendedorismo, devendo a UTAD ser envolvida nesta sinergia potenciadora e qualificadora. O grande objetivo é revitalizar, rejuvenescer o nosso Centro Histórico, trazendo jovens, criar eventos, atividades e dinâmica económica, com planeamento e estratégia.

Estamos a entrar no mês da Primavera, que é a estação que simboliza a esperança, o otimismo, o renascimento e a renovação. É a altura do ano em que as plantas florescem, a natureza se transforma, tornando-se mais bela. Aproveitemos este período primaveril para renovar as nossas energias, as nossas escolhas e as nossas vontades, e buscar novas oportunidades para o nosso Centro Histórico.

QOSHE - O nosso Centro Histórico - Luís Tão
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O nosso Centro Histórico

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29.02.2024

O “centro histórico” duma localidade refere-se à área urbana que possui significativa importância histórica, cultural, arquitetónica e social.

Geralmente, são partes antigas dos lugares, preservando características e estruturas que remontam a períodos passados. Aí encontramos monumentos, igrejas, edifícios da administração pública, casas antigas e ruas que desempenharam um papel marcante na história e na vivência das pessoas que nelas habitam, e dos seus antepassados, e ao mesmo tempo servem de atrativo, interesse e curiosidade ao turista. Não precisamos andar muitos quilómetros para encontrarmos cidades com belíssimos exemplos de aproveitamento e rentabilização dos seus centros históricos: Bragança, Viseu, Guimarães ou Braga.

Falar do nosso centro histórico, é falar dum local........

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