Com a chegada da Primavera, os pós, pólenes e poeiras que andam no ar levam ao aumento dos casos de Rinite Alérgica. Trata-se de uma das doenças mais frequentes a nível mundial, estimando-se que atinja entre 10 a 20% de toda a população. Em Portugal continental, de acordo com um estudo publicado, a prevalência de Rinite Alérgica chega mesmo a atingir cerca de 26% da população com uma idade superior a 16 anos.
Quando a mucosa do nariz inflama pode levar a um processo de obstrução nasal. Sintomas como espirros frequentes, comichão no nariz ou na garganta, corrimento nasal ou pingo no nariz, congestão nasal ou nariz entupido fazem parte de um quadro de Rinite. Dores de cabeça, pálpebras inchadas, tosse e sibilância também podem estar presentes.
Há diversos fatores que podem levar ao aparecimento deste tipo de alergia: ácaros, pólenes, fungos, pelos de animais, entre outros, podem ser causa da doença.
É comum haver um histórico familiar de alergias e pode estar associada a outras doenças com fundo alérgico como a Conjuntivite, a Sinusite e a Asma, cujo risco aumenta de acordo com a gravidade do quadro de Rinite.
O diagnóstico é clínico, não havendo um exame único que o permita estabelecer. Assim, em caso de sintomas, deve procurar o seu Médico Assistente. Numa fase inicial, o quadro de Rinite pode ser facilmente confundido com uma infeção respiratória como uma constipação comum.
O tratamento depende do fator causal. A evicção da exposição ao agente que provoca a alergia é o elemento-chave do controlo da doença. No entanto, nem sempre é possível. Nesses casos, a utilização de medicamentos anti-histamínicos orais ou em spray, bem como de outros fármacos que contenham corticoides, são úteis e bem tolerados, conseguindo estabilizar a alergia. Saiba que, os anti-histamínicos secam a mucosa do nariz mas, alguns deles, podem causar sonolência devendo ser geridos com precaução, principalmente, em idosos. A instilação de uma solução salina, vulgo “água do mar”, ou de soro fisiológico, para higienizar o nariz também pode ajudar no controlo dos sintomas. O reforço da hidratação é crucial para evitar o ressecamento do interior das narinas, de forma a aliviar a doença.
Não está indicada a toma de antibióticos, uma vez, que a infeção por bactérias não é causa direta de Rinite Alérgica.
A nível ambiental: evite o contacto com cheiros fortes e poeiras, use máscara quando não lhe for possível evitar a exposição; mantenha o ambiente onde se inserir arejado e exposto à luz solar;
Nos casos mais graves e em que é possível identificar a causa pode estar indicada uma imunoterapia dirigida, em injeções, que vai dessensibilizar, de forma gradual, a reação alérgica. As injeções contêm pequenas quantidades de substâncias responsáveis pelas alergias levando a uma tolerância do corpo à sua exposição. No entanto, o efeito pode demorar meses ou anos até se tornar verdadeiramente eficaz.
Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua Saúde!

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“Rinite Alérgica – trave a...”

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16.04.2024

Com a chegada da Primavera, os pós, pólenes e poeiras que andam no ar levam ao aumento dos casos de Rinite Alérgica. Trata-se de uma das doenças mais frequentes a nível mundial, estimando-se que atinja entre 10 a 20% de toda a população. Em Portugal continental, de acordo com um estudo publicado, a prevalência de Rinite Alérgica chega mesmo a atingir cerca de 26% da população com uma idade superior a 16 anos.
Quando a mucosa do nariz inflama pode levar a um processo de obstrução nasal. Sintomas como espirros frequentes, comichão no nariz ou na garganta, corrimento nasal ou pingo no nariz, congestão nasal ou nariz entupido fazem parte de um quadro de Rinite. Dores de cabeça, pálpebras inchadas, tosse e sibilância também podem estar presentes.
Há diversos fatores que podem levar ao aparecimento deste tipo de........

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