Sem necessidade de quaisquer dados estatísticos do INE ou de aprofundados estudos universitários comportando elaborados gráficos e mapas, já bastava a António Guterres, enquanto Primeiro-Ministro, observar a dimensão das filas de carros na A2 a caminho do Algarve, em «pontes» proporcionadas por dias feriados, para avaliar o estado da nossa economia. Sendo extensas, descansássemos, que a economia iria sobre rodas (como todos aqueles que ao Algarve se dirigiam).

No tocante ao desenvolvimento regional, então, bastava contabilizar-se o número de rotundas construídas em aldeias, vilas e cidades (com o acréscimo de todas as esculturas nelas, entretanto, implantadas, sobretudo, modernistas, deixando a coçar na cabeça quem as observasse).

Atualmente e por analogia, o estado da economia sempre poderá ser medido pelo número de festivais havidos e respetiva afluência aos mesmos, enquanto o desenvolvimento regional pelo número de passadiços existentes (com relevância especial para a sua extensão, números de degraus comportados, assim como pontes suspensas encontradas ao longo do seu percurso, daquelas capazes de deixar uma pessoa almareada).

Nada, pois, como sermos originais assim, possuídos de todo um sentido analítico desenrascado.

Para ler o artigo anterior do autor, clique aqui.

* Jurista

QOSHE - Sentido Analítico - Luís Ganhão
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Sentido Analítico

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13.04.2024

Sem necessidade de quaisquer dados estatísticos do INE ou de aprofundados estudos universitários comportando elaborados gráficos e mapas, já bastava a António Guterres, enquanto Primeiro-Ministro, observar a dimensão das filas de carros na A2 a caminho do Algarve, em «pontes» proporcionadas por dias feriados, para avaliar o estado da........

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