Quando lerem o que estou a escrever Trump já deve ter ganhado em New Hampshire. Apesar de a CNN americana e os canais e jornais liberais passarem semanas a torcer por Nikki Haley e a distorcer a realidade e as notícias para favorecerem uma candidata que nada tem que a recomende a não ser um pormenor. É a única adversária de Trump que continua de pé. Ron DeSantis acaba de sucumbir e sair da corrida para a nomeação do Partido Republicano, apoiando Trump. No duelo Ronaldo contra Donaldo, venceu o Donaldo. O génio político que iria de uma vez por todas mudar a política americana e refundar o partido conservador, que de conservador nada tem porque é agora um partido eminentemente revolucionário, o génio político onde os génios da tech, Peter Thiel e Elon Musk à cabeça, puseram todas as fichas e o dinheiro, milhões e milhões, acabou pulverizado por Trump, que não perdeu uma oportunidade de o ridicularizar. Chamou-lhe “sanctimonious” Ron. Ou seja, hipócrita.

Tal como DeSantis, Nikki é um subproduto trumpiano. Antes de Trump a nomear para as Nações Unidas, Nikki era uma indistinta governadora de um estado, a Carolina do Sul, um estado conhecido pela população com inclinações racistas. Nikki, que se chama na realidade Nimarata Nikki, nascida Randhawam e Haley pelo casamento, tem ascendência indiana, que de resto nunca usou porque não cai bem com a confusa ideologia política que advoga e subscreve. Com a nomeação para as Nações Unidas, embaixadora, Nikki passou a colar o prestígio de diplomata no cartão de identidade. O que é estranho, porque de diplomata ela nada tem, nem a experiência, nem o conhecimento, nem a sofisticação, nem o currículo. Trump nomeou-a porque a senhora tinha uma cara apresentável para mostrar ao mundo e porque lhe foi dito que ela não levantaria problemas e seria uma grata e obediente discípula num palco internacional pelo qual o Presidente tinha zero respeito.

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