Se alguém aterrasse agora no planeta terra ficaria intrigado com a quantidade de loucuras que por aqui se passam. Mesmo nós que vivemos cá há alguns anos não podemos deixar de ficar surpreendidos com a quantidade de disparates e loucuras a que vamos assistindo. E Portugal não é excepção.

Como se dizia no filme de Jamie Uys “Os Deuses devem estar loucos” quando assistimos a uma possível regresso de Donald Trump, quando vemos a barbárie na faixa de Gaza e arredores onde agora se descobriu que funcionários da ONU participaram no massacre em Israel, com uma guerra na Ucrânia que não termina, com Orban a tentar bloquear ajuda à Ucrânia e alegadamente a UE ir a correr preparar um plano para boicotar a economia Húngara, com Espanha a ferro e fogo porque um Governo decidiu amnistiar criminosos para conseguir uma maioria. Já para não falar nas manifestações de agricultores na Alemanha uma dimensão a que não estávamos habituados. O Mundo está estranho e perigoso.

Em Portugal temos loucuras e disparates à nossa maneira. Depois das promessas falhadas de António Costa que garantia médicos de famílias para todos e 26 mil casas públicas até 2024 e hoje é o que se vê, um desastre tanto na saúde como na habituação, hoje temos o seu sucessor a prometer acabar com as portagens quando consecutivamente o impediu quer enquanto governante com a tutela do sector quer como Deputado. Já dá para tudo pois o desplante não tem limites. Depois ainda aprendemos que após 8 anos de Governo do PS e da Geringonça a culpa pela falta de professores e de médicos é do PSD. Loucura mansa é por outro lado ler os programas do BE e do Chega e ficar a saber que afinal têm mais em comum do que imaginam.

Por falar em loucuras. Ontem assistimos a mais um momento de pura estupidez humana, um grupo de anti-fascistas decidiu queimar um cartaz do Chega. Ora, o Chega não teria inteligência para ter uma ideia melhor do que essa para se vitimizar e reforçar a sua propaganda. Os inteligentes que levaram a cabo esta corajosa ação de luta deveriam ser condecorados com o título de “empregado do mês do Chega”. Confesso que fico na dúvida sobre quem são afinal os fascistas desta história.

Portugal atravessa um período decisivo com eleições legislativas nacionais, regionais nos Açores e provavelmente na Madeira. Sem esquecer as europeias muito em breve. Talvez seja esta a altura de olhar para os adultos na sala, escrutinar os programas eleitorais, discutir as melhores propostas e ir votar. O mundo está demasiado instável e perigoso para experiências, brincadeiras ou ódios. Portugal, tal como as suas regiões autónomas e até a europa precisam de mais estabilidade, mais competência e moderação. Não estamos em momento de propaganda, irresponsabilidade ou populismos. Se ignorarmos isso na hora de fazer as nossas escolhas a factura pode ser muito cara.

QOSHE - Adultos chamados à sala de governação - Duarte Marques
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Adultos chamados à sala de governação

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30.01.2024

Se alguém aterrasse agora no planeta terra ficaria intrigado com a quantidade de loucuras que por aqui se passam. Mesmo nós que vivemos cá há alguns anos não podemos deixar de ficar surpreendidos com a quantidade de disparates e loucuras a que vamos assistindo. E Portugal não é excepção.

Como se dizia no filme de Jamie Uys “Os Deuses devem estar loucos” quando assistimos a uma possível regresso de Donald Trump, quando vemos a barbárie na faixa de Gaza e arredores onde agora se descobriu que funcionários da ONU participaram no massacre em Israel, com uma guerra na Ucrânia que não termina, com Orban a tentar bloquear ajuda à Ucrânia e alegadamente a UE ir a correr preparar um plano para boicotar a........

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