Às 8h25 de 9 de novembro, já com o XXIII Governo Constitucional atirado ao chão, o “Público” brindou os seus leitores com a notícia dos €75.800 escondidos na biblioteca do chefe de gabinete do primeiro-ministro demissionário. Quem tenha chegado ao lead, aquela frase antes do corpo do texto, soube ainda que, em casa de João Galamba, tinha sido apreendida uma pequena quantidade de haxixe para autoconsumo. Antes das 10 horas, um título do “Correio da Manhã” tinha “encontrado droga em casa do ministro das Infraestruturas”. À tarde, o “Observador” aproveitou para resumir o atual regime da posse de droga para autoconsumo — “não é crime, mas é ilegal”. Em menos de 24 horas, o haxixe de Galamba tinha chegado ao país profundo e às ilhas, ao “Record” e à “Nova Gente”. Portugal inteiro ficou a saber que o ministro que nunca tirou o brinco da orelha também era pessoa para apreciar fumar umas ganzas no recato do lar.

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QOSHE - O haxixe de Galamba: anatomia de um crime mediático - Eugénia Galvão Teles
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O haxixe de Galamba: anatomia de um crime mediático

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25.11.2023

Às 8h25 de 9 de novembro, já com o XXIII Governo Constitucional atirado ao chão, o “Público” brindou os seus leitores com a notícia dos €75.800 escondidos na biblioteca do chefe de gabinete do primeiro-ministro demissionário. Quem tenha chegado ao lead, aquela frase antes do corpo do texto, soube........

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