Ainda me lembro da equipa base da época 1990-91, a época que fundou o meu benfiquismo. Na baliza tínhamos um coletivo mulato chamado Silveno (Silvino e Neno). Na lateral direita tínhamos um chaço a gasóleo, Veloso, lento mas confiável assim como uma carrinha Toyota. Na esquerda, estava um jovem viking chamado Schwartz – era médio, mas fazia ali esta perninha, tal como o Aursnes (há a maldição do Guttmann e depois há a maldição que é a nossa lateral esquerda; a primeira é da ordem do espiritualismo à mãe-de-santo, a segunda é da ordem da incompetência).
Como centrais, tínhamos a torre brasileira, Ricardo Gomes, um mordomo delicado que por acaso era central; e William, o único central da história do futebol que jogou de pantufas (talvez com a exceção de Ricardo Carvalho). A trinco, tínhamos o Paulo Sousa, um dos melhores médios europeus do final do século. A médio centro, aparecia o Thern, um dos primeiros box to box, como se diz no linguajar chato e científico dos comentadores.
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