Eu não tenho uma obsessão contra os telemóveis. No meu tempo, havia uma obsessão contra os VHS ou contra os walkman ou contra o rock ou contra MTV. Ora, se um jovem usasse o VHS para passar os dias a ver a cinefilia apuradíssima de Cicciolina ou Ron Jeremy, sim, teríamos um problema.
Mas se usasse o VHS para ver cinema não teríamos qualquer problema. Passa-se o mesmo com o telemóvel, que é a síntese num só objeto do VHS, do walkman, da MTV. Eles podem usar este meio para um vício ou para crescerem. E depois também há “controlo parental” do telemóvel até ao momento em que sentimos que o jovem já é adulto. Mas, repito, tudo isto me parece secundário, porque o problema, a meu ver, está noutro lado.
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