Saiu no Diário de Notícias de quarta-feira uma notícia com um título alarmista. «Provas de aferição: Resultados são "desastrosos"». Mas, ao contrário do costume, o corpo da notícia confirma o alarme. Os resultados são mesmo um desastre. Não chegámos ao zero absoluto, mas, em algumas disciplinas, andámos lá perto: em História e Geografia de Portugal, a percentagem de positivas foi inferior a 3%. Até com a localização da Península Ibérica os alunos se atrapalharam!
Uma explicação racional para estes resultados tem a ver com a atitude dos alunos. Há relatos de alunos que sabendo que as provas de aferição para nada servem, não se dão ao trabalho de sequer as tentar fazer, havendo os que se limitam a preencher o nome e pouco mais. Depois há explicações (des)organizacionais. Os testes foram feitos online e houve muitos problemas, com sites a crashar, alunos a não conseguir entrar no exame, a estarem perto do fim e terem de começar de novo, etc. Há a explicação da pandemia. Houve greves. Não se apostou na recuperação de aprendizagens. (E, claro, há sempre a derradeira explicação: a culpa é do Passos.)
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