A marca mais forte que Pedro Nuno Santos se tem autoatribuí­do é a de alguém que não tem receio de decidir. Afirma que prefere fazer e errar do que não fazer. E atribui os erros que cometeu ao risco envolvido em decidir. Politicamente, esta é uma estratégia inteligente. Por um lado, permiti-lhe passar uma imagem de mudança na continuidade face a António Costa. Quer tirar partido da segurança que António Costa transmitia a boa parte da população, ao mesmo tempo que se distancia do seu imobilismo reformista. Em segundo lugar, apela à frustração dos portugueses com o tempo infinito que tem marcado tantas das nossas decisões mais importantes. Em terceiro lugar, procura apresentar os seus falhanços enquanto ministro como resultado de uma virtude, a de ser um político sem medo de decidir.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

Já é assinante? Faça login Assine e continue a ler

Comprou o Expresso?

Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

QOSHE - O decisionismo político - Miguel Poiares Maduro
menu_open
Columnists Actual . Favourites . Archive
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close
Aa Aa Aa
- A +

O decisionismo político

5 1
14.01.2024

A marca mais forte que Pedro Nuno Santos se tem autoatribuí­do é a de alguém que não tem receio de decidir. Afirma que prefere fazer e errar do que não fazer. E atribui os erros que cometeu ao risco envolvido em decidir. Politicamente, esta é uma estratégia........

© Expresso

Get it on Google Play