Creio que, quando assistirem à campanha eleitoral das próximas legislativas, os eleitores vão sentir-se como se tivessem aberto a porta do quarto e deparado com o seu cônjuge na cama com outra pessoa. O que vão ouvir é mais ou menos o mesmo. Tanto Pedro Nuno Santos como Luís Montenegro nos vão dizer, na prática: “Isto não é o que parece.” Vai ser igualmente difícil de acreditar, mas não tenho dúvidas de que nos vamos divertir a ouvi-los.
Pedro Nuno Santos vai tentar explicar-nos que, apesar de ter integrado os governos anteriores, não tem nada a ver com os governos anteriores. No máximo, é responsável apenas pelas partes boas, se existiram. Mas dirige um partido completamente novo, que por acaso tem o mesmo nome de um que já existia. De resto, inventou uma estratégia muito astuta para se defender de críticas. Sempre que alguém lhe lembra que errou, Pedro Nuno admite que sim, mas por uma razão virtuosa: errou porque decide e faz.
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