As eleições de 10 de março vão selar em definitivo o ciclo partidário que se abriu nas eleições constituintes de 1975. Desde essa altura que o sistema assentou em quatro ou cinco partidos, com uma percentagem muito elevada de votos concentrada em dois, que rodaram na cabeça do Executivo. O desgaste da hegemonia PS/PSD não foi linear, mas é evidente e difícil de reverter de forma estável. Em 2019, o Parlamento ini­ciou uma mudança que, neste momento, tem todos os ingre­dientes para se transformar em estrutural.

Por razões diferentes — e escalas imensamente distantes —, há três partidos fundadores da democracia que enfrentam desafios existenciais nestas eleições. O mais óbvio é o CDS, que perdeu o espaço liberal que tentou ocupar nos últimos anos de Portas e que, em simultâneo, deixou de servir de abrigo a uma direita saudosista que se conseguiu acomodar no partido de forma ordeira após 1974. Se falhar o regresso a São Bento, o CDS pode deixar de contar para quase tudo.

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QOSHE - Três siglas e um destino - Ricardo Costa
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Três siglas e um destino

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24.11.2023

As eleições de 10 de março vão selar em definitivo o ciclo partidário que se abriu nas eleições constituintes de 1975. Desde essa altura que o sistema assentou em quatro ou cinco partidos, com uma percentagem muito elevada de votos concentrada em dois, que rodaram na cabeça do Executivo. O desgaste da hegemonia........

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