O final de 2023 aproxima-se. Um ano que passou vertiginosamente, evidenciando um Mundo cada vez mais complexo, onde a incerteza ganhou espaço e limitou a capacidade de preparar o futuro, bem como de enfrentar os seus desafios. A voragem das guerras, da que já assolava a Europa e da que reacendeu a violência no Médio Oriente, a dissolução do Parlamento português, bem como a evolução política em Espanha ou na Argentina são diferentes dimensões e matizes de instabilidades que, no pensamento do filósofo basco Daniel Innerarity levam a um “futuro ameaçado” pelas incapacidades e impotência do nosso presente.

Sabendo e tendo consciência de tudo isso, no dealbar do novo ano há sempre espaço para um momento de esperança, fazendo e partilhando votos em que queremos acreditar com as variantes da nossa diversidade, num Mundo melhor - o de todos e o de cada um de nós.

Esperamos que as armas se calem na Ucrânia e na Palestina e que os beligerantes e a comunidade internacional saibam encontrar as soluções que permitam a paz, condição essencial à estabilidade e desenvolvimento desses territórios, mas também a um Mundo mais seguro.

Esperamos que os países, sobretudo os mais desenvolvidos e os mais populosos, acentuem os seus esforços e os seus compromissos em torno da sustentabilidade ambiental, nomeadamente na descarbonização, de modo a não aumentarem as ameaças à existência humana no planeta Terra.

Esperamos que a sociedade portuguesa encontre, nas eleições do próximo março, uma solução de governação estável e com condições para gerir o presente e preparar o futuro que os portugueses merecem, num ano com o simbolismo da comemoração do cinquentenário do 25 de Abril.

Esperamos que a entrada em vigor dos novos estatutos das comissões de coordenação e desenvolvimento regional (a 1 de janeiro de 2024) consume uma governação de maior proximidade, conduzindo a um maior desenvolvimento regional e um melhor desenvolvimento do país. Esperamos também que este processo seja aprofundado pelo novo Governo que os portugueses venham a escolher. Esperamos ainda que o Norte, a região onde se iniciou o grande projeto chamado Portugal, seja capaz de evidenciar o seu potencial nesse contexto de maior autonomia e capacidade de decisão regional.

Esperamos que este “Jornal de Notícias”, uma marca do Norte, um companheiro diário, um exemplo da informação rigorosa, atenta e próxima, encontre igualmente a estabilidade e a solidez de gestão necessárias à garantia do seu futuro.

QOSHE - Votos para um ano bom - António Cunha
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Votos para um ano bom

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27.12.2023

O final de 2023 aproxima-se. Um ano que passou vertiginosamente, evidenciando um Mundo cada vez mais complexo, onde a incerteza ganhou espaço e limitou a capacidade de preparar o futuro, bem como de enfrentar os seus desafios. A voragem das guerras, da que já assolava a Europa e da que reacendeu a violência no Médio Oriente, a dissolução do Parlamento português, bem como a evolução política em Espanha ou na Argentina são diferentes dimensões e matizes de instabilidades que, no pensamento do filósofo basco Daniel Innerarity levam a um “futuro ameaçado” pelas incapacidades e impotência do nosso presente.

Sabendo e........

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