O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, alertou uma vez mais e em “desespero”, a Empresa do Metro sobre o estado, ou falta de controle, das obras que esta tem em curso na cidade e dão uma imagem funcional e urbana prejudicial à população e utentes.
Nada que não tenhamos já aqui alertado, pois à falta de planeamento e controle junta-se o nulo interesse de algumas, como o denominado metrobus da Boavista, que “não lembra ao diabo” além do perfil absurdo.
O metro tem interesse quando serve clientela carente de transporte público ou socialmente em mutação, caso do prolongamento de Santo Ovídio a sul, mas na Boavista/Marechal Gomes da Costa nada disso se verifica. O canal central de funcionamento irá dar cabo de um arruamento de ligação do centro (Rotunda) ao mar, reduzido a duas faixas estreitas e sem aparcamento lateral, para além de destruir Gomes da Costa onde predominam moradias com garagens próprias e sem necessidade do que lhe estão a impingir.
Não sei quem pensa isto, mas o planeamento da Câmara terá de ser previamente informado antes das obras e as queixas do senhor presidente devem ter isso em conta, porque os cidadãos visados culpam-no a ele como “patrão da casa” e não aos “cérebros” que gerem a Metro.
Que o Porto está um caos com as obras ninguém duvida, que algumas vão piorar a funcionalidade futura não há dúvidas também. Claro que Rui Moreira tem razão nas queixas que faz, mas, queira ou não, as culpas da “voz popular” e dos comércios das zonas atingidas e que nos chegam recaem sobre ele. Poder-se-á dizer injusto, mas...