Uma análise do MediaLab do ISCTE em parceria com a agência Lusa é clara. O caso dos alegados tiros disparados, na quarta-feira passada, à chegada da comitiva do Chega a Famalicão teve mais impacto e alcance nas redes sociais do que a sua pronta e oficial correção.

Isto é, hoje ainda há mais cidadãos portugueses a acreditar que a caravana do partido de André Ventura foi alvo de uma ameaça de extrema violência do que nas explicações da PSP, que as deu duas vezes: o barulho foi causado por rateres de um motociclo.

É assim que a desinformação funciona. Não interessa se determinado facto vai ser desmentido. Importante é criar buzz, de forma que a mensagem passe, seja verdadeira ou falsa.

São as chamadas operações de influência encobertas que, por muito que as redes sociais tentem combater - e tentam apesar de a opinião pública achar o contrário -, acabam por resultar. Neste caso específico em votos.

É por isso que relacionar “imigração” com “país seguro”, como fez Pedro Passos Coelho quando foi dar uma mãozinha a Montenegro em Faro, é perigoso. Tão perigoso quanto a estrada aberta que os partidos convencionais deram aos populistas nas redes sociais.

QOSHE - Radar de campanha: Os rateres de Ventura no país seguro de Passos - Manuel Molinos
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Radar de campanha: Os rateres de Ventura no país seguro de Passos

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28.02.2024

Uma análise do MediaLab do ISCTE em parceria com a agência Lusa é clara. O caso dos alegados tiros disparados, na quarta-feira passada, à chegada da comitiva do Chega a Famalicão teve mais impacto e alcance nas redes sociais do que a sua pronta e oficial correção.

Isto é, hoje ainda há mais........

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