Pode parecer um contrassenso, mas a verdade é que até ao início do jogo no Estádio do Dragão, não estava preocupada com o resultado. E digo até ao início, porque mal ocupei o meu lugar no estádio e vi as mudanças no onze inicial sabia que, acontecesse o que acontecesse, no pior dos cenários, o Sporting ficaria com quatro pontos de avanço. Este era o meu lado racional, mas assim que o jogo arrancou, do racional ao emocional foi uma questão de segundos.

Diz-se que o futebol faz com que as pessoas tragam o seu pior lado ao de cima, no meu caso não é diferente. A ver futebol, no estádio de um dos rivais e a perder, 2-0, ao intervalo, comecei a pôr tudo em causa “Isto não pode ser como foi 2004, isto não pode ser como foi em 15/16”, eram as frases que mais ecoavam na minha cabeça, enquanto a garganta ia cantando o mais alto que conseguia.
“Como assim, o Inácio é lateral? Não temos o Nuno oh Ruben?”. O mister respondeu-me no final do encontro na conferência de imprensa. Da mesma maneira que Nuno Santos e Viktor Gyokeres provaram que quando uma equipa joga como está habituada a jogar, os golos aparecem e era escusado darem-me 86 minutos de sofrimento até lá.

Dois golos num minuto. 40 golos no total, recorde de Manuel Fernandes, em 1977, foi igualado e se alguém tinha dúvidas, Gyokeres é um monstro a jogar futebol. Poderia era ter entrado mais cedo, porque mesmo lesionado acabou por nos fazer felizes, temos é de acreditar até ao fim.

Quão poético pode ser voltar a ser campeão no dia 11 de maio?

QOSHE - Acreditar até ao fim - Mariana Cordeiro Ferreira
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Acreditar até ao fim

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30.04.2024

Pode parecer um contrassenso, mas a verdade é que até ao início do jogo no Estádio do Dragão, não estava preocupada com o resultado. E digo até ao início, porque mal ocupei o meu lugar no estádio e vi as mudanças no onze inicial sabia que, acontecesse o que acontecesse, no pior dos cenários, o Sporting ficaria com quatro pontos de avanço. Este era o meu lado racional, mas assim........

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