Catorze anos depois de 2010, vinte e oito anos depois de 1996. Mais do que saber se nos encontraremos em 2038 perante mais um 5-0 azul e branco frente ao Benfica, importa questionar sobre o imediato: tem o F. C. Porto capacidade para fazer um caminho até ao final da época que incorpore metade dos predicados que colocou em campo neste clássico? Um jogo perfeito, daqueles que ficam para a História, a vulgarizar um Benfica vítima de atropelamento sem que se tenha feito à estrada. Há memórias de outros dois jogos como este, com equipas comandadas por António Oliveira e André Villas-Boas, agora candidatos em listas concorrentes. O único denominador comum nas três vitórias é mesmo o nome de Jorge Nuno Pinto da Costa. Mas não é uma vitória que ganha eleições, nem tão pouco campeonatos. O lugar que o F. C. Porto habita apenas permitirá lutar pelo acesso à Liga dos Campeões. Muito pouco para o que esta equipa é capaz, como no domingo se viu.

Sempre a encostar o Benfica às cordas, o F. C. Porto percebeu o momento. O contexto não permitia o “tudo ou nada” mas também não colocava apenas a honra no peso da balança. Com a necessidade de descolar do Braga e de se aproximar do Benfica, Sérgio Conceição resolveu, num só jogo, vingar os três clássicos perdidos nesta época. A fazer lembrar o que o F. C. Porto havia feito na 1.ª parte da Supertaça, no início da temporada, o dragão procedeu ao esmagamento que, desta vez, não teve ocasos e incorporou eficácia. O resultado até poderia ter sido mais volumoso. Que seja esta a equipa, com o fogo no olhar, decidida, convicta e agora confiante, a trilhar o que falta para resgatar o que pode.

O autor escreve segundo a antiga ortografia

*Adepto do F. C. Porto

QOSHE - Para o resgate final - Miguel Guedes
menu_open
Columnists Actual . Favourites . Archive
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close
Aa Aa Aa
- A +

Para o resgate final

6 0
05.03.2024

Catorze anos depois de 2010, vinte e oito anos depois de 1996. Mais do que saber se nos encontraremos em 2038 perante mais um 5-0 azul e branco frente ao Benfica, importa questionar sobre o imediato: tem o F. C. Porto capacidade para fazer um caminho até ao final da época que incorpore metade dos predicados que colocou em campo neste clássico? Um jogo perfeito, daqueles que ficam para a História, a vulgarizar um Benfica vítima de........

© Jornal de Notícias


Get it on Google Play