Aceitei, com gosto, o convite do Filipe Alves, para colaborar com o Jornal Económico, escrevendo, mensalmente, um artigo de opinião.

A reflexão sobre economia, em geral, e alguns temas económicos, em particular, é fundamental para garantir níveis de qualidade de vida europeus, no nosso país, mas não tem beneficiado da prioridade de análise e estudo, que merecia.

Só o crescimento económico e a criação de riqueza é que garante a satisfação das necessidades básicas dos portugueses – saúde, educação, justiça, segurança, e permite usufruir de outros parâmetros de felicidade – cultura, entretenimento.

As atenções dos portugueses estão, sistematicamente, a ser desviadas para temas laterais, sem qualquer aderência à nossa realidade cultural, como as casas de banho mistas nas escolas e outros temas, ditos fracturantes.

As questões que se colocam em relação à nossa economia, são simples:

Dispondo o país de boas universidades, nas áreas da gestão, engenharias e tecnologias, como é que se explica o crescimento anémico, próximo de zero, do país?

Ou seja, temos os talentos necessários, o recurso mais importante, para o desenvolvimento económico, e não crescemos.

Continuamos a assistir, sem reagirmos, à saída para o estrangeiro, dos nossos melhores alunos destas boas universidades, que vão contribuir para o crescimento da economia dos países mais ricos da Europa do Norte.

Dizem-nos que há falta de capital para mais investimento produtivo, no país.

Uma falácia, desmontada diariamente, com a informação sobre a enorme quantidade de recursos financeiros dos fundos de investimento europeus, sempre à procura de novas oportunidades.

A explicação para este desastre nacional, só pode estar na classe política, que legisla e governa contra o investimento e uma economia aberta e pujante. Criando obstáculos e alterando negativamente a legislação laboral e fiscal.

A baixa performance da classe política, também é fácil de explicar.

Temos ministros com competência técnica, mas sem força política, como é o caso do actual ministro da Economia e ministros com grande força política, mas sem qualquer competência técnica, como é o caso do anterior ministro das Infra-estruturas e candidato a primeiro-ministro. Formados nas escolas das jotas, uma fonte inesgotável de transferência e acumulação de ignorância.

Esperemos que o Jornal Económico continue a ser uma ilha de resistência.

O autor escreve de acordo com a antiga ortografia.

QOSHE - A Economia - Luís Todo Bom
menu_open
Columnists Actual . Favourites . Archive
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close
Aa Aa Aa
- A +

A Economia

12 7
23.02.2024

Aceitei, com gosto, o convite do Filipe Alves, para colaborar com o Jornal Económico, escrevendo, mensalmente, um artigo de opinião.

A reflexão sobre economia, em geral, e alguns temas económicos, em particular, é fundamental para garantir níveis de qualidade de vida europeus, no nosso país, mas não tem beneficiado da prioridade de análise e estudo, que merecia.

Só o crescimento económico e a criação de riqueza é que garante a satisfação das necessidades básicas dos portugueses – saúde, educação, justiça, segurança, e permite usufruir de outros parâmetros de felicidade – cultura, entretenimento.

As........

© Jornal Económico


Get it on Google Play