2024: 80 eleições no Mundo e a importância do digital na democracia

A participação eleitoral não é apenas um direito; é um pilar fundamental para a legitimidade e eficácia das democracias. A tendência crescente de abstenção espelha uma série de fatores, incluindo desilusão política, barreiras à participação e uma sensação de alienação dos processos políticos.

À medida que o ano de 2024 avança, até porque parece que ontem era 1 de janeiro e hoje já estamos a 15 de fevereiro, o mundo assistirá a uma maratona de eleições.

São 80 eleições que vão ocorrer no planeta nestes 366 dias de 2024. Estamos a falar de cerca de 40% da população mundial aquela que vai a votos. Do Reino Unido à Rússia, sem esquecer Portugal.

Cada ato eleitoral é sempre algo “novo”. Cada eleição traz consigo um potencial enorme, que se sente, de mudança e o peso das mais variadas expectativas cívicas.

Mas, mesmo havendo mais 79 eleições que sejam no mundo, olhemos para o nosso país.

As eleições de 10 de Março em Portugal constituem um momento decisivo por variados motivos. O espectro político está mais diversificado do que nunca, com vários partidos ditos “novos” e outros tantos ditos “fundadores” da democracia nacional.

Temos candidatos para todos os gostos. Seja isso bom ou péssimo.

E, sobretudo, se formos justos (e não populistas anti-tudo e mais alguma coisa) sabemos que há programas políticos plurais que oferecem diferentes visões políticas e ideológicas para o futuro de Portugal.

Esta diversidade reflete a riqueza da democracia portuguesa, mas também sublinha a importância da escolha informada por parte dos eleitores.

E quando falamos em eleitores, o objetivo é que todos ou a grande maioria deles participe. Que a escolha democrática em urna seja validada pelo maior número possível de decisores.

Neste contexto, a discussão sobre a adoção de tecnologias de votação digital em Portugal é pertinente dado que ainda temos recursos escassos para aumentar a possibilidade de escolha do eleitor. A experiência de outros países com o voto eletrónico sugere que esta pode ser uma estratégia eficaz para aumentar a participação eleitoral, enfrentando diretamente o problema da abstenção. A implementação de tais sistemas deve ser abordada com cautela, garantindo a segurança, a privacidade e a integridade do processo eleitoral.

Que nunca esqueçamos estas premissas quando queremos ser sérios nesta possível evolução democrática ao nível dos números de participantes.

A Abstenção é uma luta contínua e é devido a este fenómeno crescente que temos de olhar para novas formas de votação.

A abstenção eleitoral é um fenómeno global, e Portugal não é exceção. As razões para a não participação de uma grande parte dos eleitores portugueses são múltiplas e ainda por cima complexas, variando desde a descrença na eficácia do voto até dificuldades logísticas que impedem a votação.

A abstenção enfraquece a democracia ao silenciar vozes e reduzir a representatividade dos eleitos. Confrontar este desafio requer uma abordagem multifacetada, incluindo melhorias na educação cívica, na acessibilidade às urnas e na transparência dos processos eleitorais.

Temos de ter consciência plena e nenhuma dúvida da força do voto de cada um.

O voto é a expressão máxima da cidadania, um direito conquistado através de lutas históricas pela democracia e pela liberdade.

Cada voto conta e tem o poder de moldar o futuro político de um país. À data de hoje, ninguém deveria ter dúvida alguma sobre isto.

Em tempos de incerteza e desafios globais, com a escalada dos populismos e extremismos políticos, com as alterações climáticas, as desigualdades sociais, as crises económicas e as infelizes guerras militares que assistimos, a importância de participar ativamente nas decisões coletivas nunca foi tão evidente.

A participação eleitoral não é apenas um direito; é um pilar fundamental para a legitimidade e eficácia das democracias. A tendência crescente de abstenção espelha uma série de fatores, incluindo desilusão política, barreiras à participação e uma sensação de alienação dos processos políticos. Contudo, a integração da tecnologia nos processos democráticos abre novas portas para enfrentar esses desafios, especialmente através da votação digital.

Vários países têm liderado pelo exemplo na adoção do voto eletrónico. A Estónia, por exemplo, oferece aos seus cidadãos a possibilidade de votar online desde 2005, evidenciando uma participação eleitoral robusta. Iniciativas semelhantes em países como a Austrália e o Canadá demonstram um interesse global em tornar os processos eleitorais mais acessíveis e representativos. Um dos objetivos da democracia deve ser sempre o de arranjar ferramentas que aumentem a participação de todos.

Sabemos que esta mudança de paradigma, para a transição digital mais presente no plano democrático e nos processos eleitorais, que pessoalmente entendo que necessitamos urgentemente, traz um conjunto de desafios e oportunidades.

É fundamental que qualquer implementação seja realizada sempre com enorme foco na segurança, na transparência e na confiança do eleitorado. As experiências internacionais oferecem insights valiosos sobre como superar os obstáculos técnicos e sociais, permitindo uma democracia mais inclusiva e adaptada à era digital.

As muitas eleições de 2024, particularmente as de 10 de Março em Portugal, são um apelo à ação para todos os cidadãos. Permitam-me dizer que este é também um momento para refletir sobre o papel da tecnologia na democracia e a necessidade de inovações que possam fortalecer a participação cívica. A experiência de outros países com a votação digital ilustra um caminho promissor para combater a abstenção e promover uma participação mais ampla e representativa. À medida que Portugal se aproxima desta data eleitoral, é crucial considerar como as inovações tecnológicas podem ser integradas de forma segura e eficaz nos processos eleitorais, garantindo que cada cidadão tenha a oportunidade de contribuir para o futuro do país.

No ano em que celebraremos os 50 anos do 25 de abril, data a que associamos a conquista da liberdade e marco histórico na nossa democracia, temos de perceber que

na segunda metade desses cinquenta anos fomos perdendo participação. Ganhámos eleitores, mas perdemos número de votantes. Sobretudo, perdemos interesse das pessoas na vida política e na participação cívica.

Não podemos assistir a este caminho, penoso, de ter mais gente que não vota do que aqueles que decidem votar sem querer mudar nada.

Devemos ter consciência da importância do voto de cada um na escolha dos líderes políticos que vão ser eleitos. Qualquer país evoluído social e economicamente tem de ter – diz a história – políticas moderadas, responsáveis e o menos populistas possíveis no sentido de contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Para esse caminho, num mundo extremamente exigente e global de 2024, em que com um clique num computador estamos a assistir ao que se passa em qualquer parte do planeta ou com um toque no telemóvel estamos a falar com uma pessoa em qualquer fuso horário possível, é impensável que a democracia esteja refém de amarras do passado que só dão liberdade à abstenção.

À medida que o ano de 2024 avança, até porque parece que ontem era 1 de janeiro e hoje já estamos a 15 de fevereiro, o mundo assistirá a uma maratona de eleições.

São 80 eleições que vão ocorrer no planeta nestes 366 dias de 2024. Estamos a falar de cerca de 40% da população mundial aquela que vai a votos. Do Reino Unido à Rússia, sem esquecer Portugal.

Cada ato eleitoral é sempre algo “novo”. Cada eleição traz consigo um potencial enorme, que se sente, de mudança e o peso das mais variadas expectativas cívicas.

Mas, mesmo havendo mais 79 eleições que sejam no mundo, olhemos para o nosso país.

As eleições de 10 de Março em Portugal constituem um momento decisivo por variados motivos. O espectro político está mais diversificado do que nunca, com vários partidos ditos “novos” e outros tantos ditos “fundadores” da democracia nacional.

Temos candidatos para todos os gostos. Seja isso bom ou péssimo.

E, sobretudo, se formos justos (e não populistas anti-tudo e mais alguma coisa) sabemos que há programas políticos plurais que oferecem diferentes visões políticas e ideológicas para o futuro de Portugal.

Esta diversidade reflete a riqueza da democracia portuguesa, mas também sublinha a importância da escolha informada por parte dos eleitores.

E quando falamos em eleitores, o objetivo é que todos ou a grande maioria deles participe. Que a escolha democrática em urna seja validada pelo maior número possível de decisores.

Neste contexto, a discussão sobre a adoção de tecnologias de votação digital em Portugal é pertinente dado que ainda temos recursos escassos para aumentar a possibilidade de escolha do eleitor. A experiência de outros países com o voto eletrónico sugere que esta pode ser uma estratégia eficaz para aumentar a participação eleitoral, enfrentando diretamente o problema da abstenção. A implementação de tais sistemas deve ser abordada com cautela, garantindo a segurança, a privacidade e a integridade do processo eleitoral.

Que nunca esqueçamos estas premissas quando queremos ser sérios nesta possível evolução democrática ao nível dos números de participantes.

A Abstenção é uma luta contínua e é devido a este fenómeno crescente que temos de olhar para novas formas de votação.

A abstenção eleitoral é um fenómeno global, e Portugal não é exceção. As razões para a não participação de uma grande parte dos eleitores portugueses são múltiplas e ainda por cima complexas, variando desde a descrença na eficácia do voto até dificuldades logísticas que impedem a votação.

A abstenção enfraquece a democracia ao silenciar vozes e reduzir a representatividade dos eleitos. Confrontar este desafio requer uma abordagem multifacetada, incluindo melhorias na educação cívica, na acessibilidade às urnas e na transparência dos processos eleitorais.

Temos de ter consciência plena e nenhuma dúvida da força do voto de cada um.

O voto é a expressão máxima da cidadania, um direito conquistado através de lutas históricas pela democracia e pela liberdade.

Cada voto conta e tem o poder de moldar o futuro político de um país. À data de hoje, ninguém deveria ter dúvida alguma sobre isto.

Em tempos de incerteza e desafios globais, com a escalada dos populismos e extremismos políticos, com as alterações climáticas, as desigualdades sociais, as crises económicas e as infelizes guerras militares que assistimos, a importância de participar ativamente nas decisões coletivas nunca foi tão evidente.

A participação eleitoral não é apenas um direito; é um pilar fundamental para a legitimidade e eficácia das democracias. A tendência crescente de abstenção espelha uma série de fatores, incluindo desilusão política, barreiras à participação e uma sensação de alienação dos processos políticos. Contudo, a integração da tecnologia nos processos democráticos abre novas portas para enfrentar esses desafios, especialmente através da votação digital.

Vários países têm liderado pelo exemplo na adoção do voto eletrónico. A Estónia, por exemplo, oferece aos seus cidadãos a possibilidade de votar online desde 2005, evidenciando uma participação eleitoral robusta. Iniciativas semelhantes em países como a Austrália e o Canadá demonstram um interesse global em tornar os processos eleitorais mais acessíveis e representativos. Um dos objetivos da democracia deve ser sempre o de arranjar ferramentas que aumentem a participação de todos.

Sabemos que esta mudança de paradigma, para a transição digital mais presente no plano democrático e nos processos eleitorais, que pessoalmente entendo que necessitamos urgentemente, traz um conjunto de desafios e oportunidades.

É fundamental que qualquer implementação seja realizada sempre com enorme foco na segurança, na transparência e na confiança do eleitorado. As experiências internacionais oferecem insights valiosos sobre como superar os obstáculos técnicos e sociais, permitindo uma democracia mais inclusiva e adaptada à era digital.

As muitas eleições de 2024, particularmente as de 10 de Março em Portugal, são um apelo à ação para todos os cidadãos. Permitam-me dizer que este é também um momento para refletir sobre o papel da tecnologia na democracia e a necessidade de inovações que possam fortalecer a participação cívica. A experiência de outros países com a votação digital ilustra um caminho promissor para combater a abstenção e promover uma participação mais ampla e representativa. À medida que Portugal se aproxima desta data eleitoral, é crucial considerar como as inovações tecnológicas podem ser integradas de forma segura e eficaz nos processos eleitorais, garantindo que cada cidadão tenha a oportunidade de contribuir para o futuro do país.

No ano em que celebraremos os 50 anos do 25 de abril, data a que associamos a conquista da liberdade e marco histórico na nossa democracia, temos de perceber que

na segunda metade desses cinquenta anos fomos perdendo participação. Ganhámos eleitores, mas perdemos número de votantes. Sobretudo, perdemos interesse das pessoas na vida política e na participação cívica.

Não podemos assistir a este caminho, penoso, de ter mais gente que não vota do que aqueles que decidem votar sem querer mudar nada.

Devemos ter consciência da importância do voto de cada um na escolha dos líderes políticos que vão ser eleitos. Qualquer país evoluído social e economicamente tem de ter – diz a história – políticas moderadas, responsáveis e o menos populistas possíveis no sentido de contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Para esse caminho, num mundo extremamente exigente e global de 2024, em que com um clique num computador estamos a assistir ao que se passa em qualquer parte do planeta ou com um toque no telemóvel estamos a falar com uma pessoa em qualquer fuso horário possível, é impensável que a democracia esteja refém de amarras do passado que só dão liberdade à abstenção.

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2024: 80 eleições no Mundo e a importância do digital na democracia

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15.02.2024

2024: 80 eleições no Mundo e a importância do digital na democracia

A participação eleitoral não é apenas um direito; é um pilar fundamental para a legitimidade e eficácia das democracias. A tendência crescente de abstenção espelha uma série de fatores, incluindo desilusão política, barreiras à participação e uma sensação de alienação dos processos políticos.

À medida que o ano de 2024 avança, até porque parece que ontem era 1 de janeiro e hoje já estamos a 15 de fevereiro, o mundo assistirá a uma maratona de eleições.

São 80 eleições que vão ocorrer no planeta nestes 366 dias de 2024. Estamos a falar de cerca de 40% da população mundial aquela que vai a votos. Do Reino Unido à Rússia, sem esquecer Portugal.

Cada ato eleitoral é sempre algo “novo”. Cada eleição traz consigo um potencial enorme, que se sente, de mudança e o peso das mais variadas expectativas cívicas.

Mas, mesmo havendo mais 79 eleições que sejam no mundo, olhemos para o nosso país.

As eleições de 10 de Março em Portugal constituem um momento decisivo por variados motivos. O espectro político está mais diversificado do que nunca, com vários partidos ditos “novos” e outros tantos ditos “fundadores” da democracia nacional.

Temos candidatos para todos os gostos. Seja isso bom ou péssimo.

E, sobretudo, se formos justos (e não populistas anti-tudo e mais alguma coisa) sabemos que há programas políticos plurais que oferecem diferentes visões políticas e ideológicas para o futuro de Portugal.

Esta diversidade reflete a riqueza da democracia portuguesa, mas também sublinha a importância da escolha informada por parte dos eleitores.

E quando falamos em eleitores, o objetivo é que todos ou a grande maioria deles participe. Que a escolha democrática em urna seja validada pelo maior número possível de decisores.

Neste contexto, a discussão sobre a adoção de tecnologias de votação digital em Portugal é pertinente dado que ainda temos recursos escassos para aumentar a possibilidade de escolha do eleitor. A experiência de outros países com o voto eletrónico sugere que esta pode ser uma estratégia eficaz para aumentar a participação eleitoral, enfrentando diretamente o problema da abstenção. A implementação de tais sistemas deve ser abordada com cautela, garantindo a segurança, a privacidade e a integridade do processo eleitoral.

Que nunca esqueçamos estas premissas quando queremos ser sérios nesta possível evolução democrática ao nível dos números de participantes.

A Abstenção é uma luta contínua e é devido a este fenómeno crescente que temos de olhar para novas formas de votação.

A abstenção eleitoral é um fenómeno global, e Portugal não é exceção. As razões para a não participação de uma grande parte dos eleitores portugueses são múltiplas e ainda por cima complexas, variando desde a descrença na eficácia do voto até dificuldades logísticas que impedem a votação.

A abstenção enfraquece a democracia ao silenciar vozes e reduzir a representatividade dos eleitos. Confrontar este desafio requer uma abordagem multifacetada, incluindo melhorias na educação cívica, na acessibilidade às urnas e na transparência dos processos eleitorais.

Temos de ter consciência plena e nenhuma dúvida da força do voto de cada um.

O voto é a expressão máxima da cidadania, um direito conquistado através de lutas históricas pela democracia e pela liberdade.

Cada voto conta e tem o poder de moldar o futuro político de um país. À data de hoje, ninguém deveria ter dúvida alguma sobre isto.

Em tempos de incerteza e desafios globais, com a escalada dos populismos e extremismos políticos, com as alterações climáticas, as desigualdades sociais, as crises económicas e as infelizes guerras militares que assistimos, a importância de participar ativamente nas decisões coletivas nunca foi tão........

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