O aviso de Trump e a doutrina do salve-se quem puder
Numa altura em que já cheira a campanha eleitoral na América, Donald Trump lança mão de todos os trunfos para ter tempo de antena – e a retórica incendiária é um dos mais eficazes. Este sábado, o ex-Presidente fez mais uma das suas afirmações bombásticas, quando disse alto e bom som que deixaria Putin e os russos “fazerem o que raio eles quisessem” (em inglês: “whatever the hell they want”) a um membro da NATO que não contribuísse com a sua parte para o orçamento da aliança atlântica.
Então um país não gasta o que deve em defesa e depois, quando se vê em apuros, está à espera que venha um terceiro – os EUA, claro – defendê-lo? Ou ainda pior:a Europa, e em particular a Alemanha, “financiou” durante anos a fio a indústria de guerra da Rússia comprando gás natural a Moscovo e depois quer que venham os canhões americanos resolver a asneira?
Evidentemente, há lógica no raciocínio de Trump.
O problema é o que a sua declaração implica neste momento particular que vivemos.
Em primeiro lugar, dizer que deixaria os russos “fazerem o que raio eles quisessem” equivale a estender uma passadeira vermelha aos tanques de Moscovo. Até porque devem ser muitos os países que não cumprem as suas obrigações para com a NATO (a começar, suspeito, por Portugal, que felizmente fica do outro lado da Europa). No momento crítico que atravessamos, não poder contar com o efeito dissuasor do “polícia do mundo” seria um convite às potências agressivas para acossarem os mais fracos.
Em segundo lugar, e é por isso que muitos estão horrorizados com a perspetiva da eleição de Trump nas presidenciais de novembro deste ano, essa política de “laissez faire” tem um sabor a “salve-se quem puder”, cada um por si.
Não é disso que precisamos. O mundo encontra-se à beira do abismo e dar carta branca aos regimes mais sinistros para agirem a seu belprazer seria dar um passo em frente.
Numa altura em que já cheira a campanha eleitoral na América, Donald Trump lança mão de todos os trunfos para ter tempo de antena – e a retórica incendiária é um dos mais eficazes. Este sábado, o ex-Presidente fez mais uma das suas afirmações bombásticas, quando disse alto e bom som que deixaria Putin e os russos “fazerem o que raio eles quisessem” (em inglês: “whatever the hell they want”) a um membro da NATO que não contribuísse com a sua parte para o orçamento da aliança atlântica.
Então um país não gasta o que deve em defesa e depois, quando se vê em apuros, está à espera que venha um terceiro – os EUA, claro – defendê-lo? Ou ainda pior:a Europa, e em particular a Alemanha, “financiou” durante anos a fio a indústria de guerra da Rússia comprando gás natural a Moscovo e depois quer que venham os canhões americanos resolver a asneira?
Evidentemente, há lógica no raciocínio de Trump.
O problema é o que a sua declaração implica neste momento particular que vivemos.
Em primeiro lugar, dizer que deixaria os russos “fazerem o que raio eles quisessem” equivale a estender uma passadeira vermelha aos tanques de Moscovo. Até porque devem ser muitos os países que não cumprem as suas obrigações para com a NATO (a começar, suspeito, por Portugal, que felizmente fica do outro lado da Europa). No momento crítico que atravessamos, não poder contar com o efeito dissuasor do “polícia do mundo” seria um convite às potências agressivas para acossarem os mais fracos.
Em segundo lugar, e é por isso que muitos estão horrorizados com a perspetiva da eleição de Trump nas presidenciais de novembro deste ano, essa política de “laissez faire” tem um sabor a “salve-se quem puder”, cada um por si.
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13.02.2024
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Em segundo lugar, e é por isso que muitos estão horrorizados com a perspetiva da eleição de Trump nas presidenciais de novembro........
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