Alugar metade da cama
Vamos perdendo a autenticidade da própria cidade e vamos acompanhando o preço dos produtos à capacidade dos novos residentes, ficando assim incomportável para muito boa gente que por cá vive com um salário mínimo ou próximo disso.
Os problemas na habitação não são só tema em Portugal. Muitos países, com um crescimento acentuado na procura e uma subida abrupta de preços veem-se com o mesmo tipo de dilemas, tentando arranjar soluções que contemplem o apoio aos mais jovens e aos carenciados. O aparecimento em massa do alojamento local aumentou a diversidade de produtos no mercado mas ocupou também muitas das casas que seriam destinadas aos locais, que assim viram o seu estilo de vida seriamente ameaçado, com o aumento exponencial das rendas e o valor das próprias casas a registar subidas gigantescas.
Desta forma, e com a contestação a subir de tom, os próprios governos e as câmaras dos países e cidades mais afetados têm vindo a criar dinâmicas restritivas, que limitam a uso dos alojamentos mas também a possibilidade de uma segunda ou terceira habitação, para além de condicionarem a compra de casas a quem não é residente, aproveitando as sobretaxas para criar novos alojamentos a rendas acessíveis. Por cá vamos vendo isso mesmo, o êxodo descontrolado de quem vivia em Lisboa para a periferia e a invasão estrangeira em certos bairros da cidade. Veja-se o caso de Campo de Ourique que ainda não passou a “Champ D’Ourri” porque não se efetuou nenhum referendo para o efeito. Assim vamos perdendo a autenticidade da própria cidade e vamos acompanhando o preço dos produtos à capacidade dos novos residentes, ficando assim incomportável para muito boa gente que por cá vive com um salário mínimo ou próximo disso.
Toronto é outra das cidades que mais tem sido afetada com este problema. Não existem casas disponíveis para tanta procura e os preços dispararam, fazendo o Governo tomar medidas drásticas para tentar controlar a questão. Mas houve quem se lembrasse de uma solução mais criativa. Assim, vários residentes estão a alugar metade da própria cama para ajudar a suportar as elevadas despesas. Imagino o regabofe que será se por cá se lembrarem do mesmo. Já estou mesmo a ver com a reduzida eficiência energética nas nossas casas e quando o frio irrompe pelas janelas, o encosto bom só mesmo para proteger e fazer subir a temperatura e daí para o dormir em conchinha distam poucos segundos. O resto deixo à imaginação de cada um.
Se estamos com vontade de abrir as nossas casas de banho a todos, independentemente do género, fazendo delas mistas, só nos faltava agora para além de partilharmos as retretes fazermos das nossas camas (tostas) mistas em que começamos a alugar o lugar do lado, se a cama for grande até dá para várias pessoas e se for pequena alugamos o lugar mesmo em cima de nós. A nossa privacidade parece ser uma palavra em desuso e o que está na moda agora é um todos contra todos e salve-se quem puder. Um amigo meu é que costuma contar a anedota da orgia no quarto escuro em que alguém já farto do que lhe estava a calhar, acende a luz e solta um “organizem-se”!
Os problemas na habitação não são só tema em Portugal. Muitos países, com um crescimento acentuado na procura e uma subida abrupta de preços veem-se com o mesmo tipo de dilemas, tentando arranjar soluções que contemplem o apoio aos mais jovens e aos carenciados. O aparecimento em massa do alojamento local aumentou a diversidade de produtos no mercado mas ocupou também muitas das casas que seriam destinadas aos locais, que assim viram o seu estilo de vida seriamente ameaçado, com o aumento exponencial das rendas e o valor das próprias casas a registar subidas gigantescas.
Desta forma, e com a contestação a subir de tom, os próprios governos e as câmaras dos países e cidades mais afetados têm vindo a criar dinâmicas restritivas, que limitam a uso dos alojamentos mas também a possibilidade de uma segunda ou terceira habitação, para além de condicionarem a compra de casas a quem não é residente, aproveitando as sobretaxas para criar novos alojamentos a rendas acessíveis. Por cá vamos vendo isso mesmo, o êxodo descontrolado de quem vivia em Lisboa para a periferia e a invasão estrangeira em certos bairros da cidade. Veja-se o caso de Campo de Ourique que ainda não passou a “Champ D’Ourri” porque não se efetuou nenhum referendo para o efeito. Assim vamos perdendo a autenticidade da própria cidade e vamos acompanhando o preço dos produtos à capacidade dos novos residentes, ficando assim incomportável para muito boa gente que por cá vive com um salário mínimo ou próximo disso.
Toronto é outra das cidades que mais tem sido afetada com este problema. Não existem casas disponíveis para tanta procura e os preços dispararam, fazendo o Governo tomar medidas drásticas para tentar controlar a questão. Mas houve quem se lembrasse de uma solução mais criativa. Assim, vários residentes estão a alugar metade da própria cama para ajudar a suportar as elevadas despesas. Imagino o regabofe que será se por cá se lembrarem do mesmo. Já estou mesmo a ver com a reduzida eficiência energética nas nossas casas e quando o frio irrompe pelas janelas, o encosto bom só mesmo para proteger e fazer subir a temperatura e daí para o dormir em conchinha distam poucos segundos. O resto deixo à imaginação de cada um.
Se estamos com vontade de abrir as nossas casas de banho a todos, independentemente do género, fazendo delas mistas, só nos faltava agora para além de partilharmos as retretes fazermos das nossas camas (tostas) mistas em que começamos a alugar o lugar do lado, se a cama for grande até dá para várias pessoas e se for pequena alugamos o lugar mesmo em cima de nós. A nossa privacidade parece ser uma palavra em desuso e o que está na moda agora é um todos contra todos e salve-se quem puder. Um amigo meu é que costuma contar a anedota da orgia no quarto escuro em que alguém já farto do que lhe estava a calhar, acende a luz e solta um “organizem-se”!
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