As surpresas e deceções de 2023

As surpresas e deceções de 2023

José Paulo do Carmo 26/12/2023 09:59

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Como qualquer português que se preze, tenho muito prazer em almoçar e jantar fora

No final de cada ano, gosto de fazer por aqui um balanço, do que fui visitando e gostando mais ou menos, no que aos restaurantes diz respeito. Embora goste sempre de frisar que não sou nenhum especialista na matéria nem uso terminologia técnica, gosto de partilhar alguns sítios onde vou, sobretudo aqueles que me surpreendem pela positiva porque eu próprio gosto de ir pedindo dicas e informações aos meus amigos e conhecidos dos sítios onde vão e do que vão experienciando. Como qualquer português que se preze, tenho muito prazer em almoçar e jantar fora e a minha passagem por África apurou-me a vontade de experimentar novos sabores, viver diferentes culturas e estudar um pouco do que é a gastronomia “dos outros”.

Os meus clássicos figuram sempre na minha lista anual e por isso nunca é demais referi-los. O Crispim em Fátima é onde me sinto em casa e talvez dos espaços com a comida mais ao meu gosto. Carnes grelhadas (normalmente o porco preto é a minha escolha ) acompanhadas de migas de broa com couve, batatas fritas caseiras, arroz de feijão e uma salada bem temperada, sem dispensar o chouriço e a morcela de arroz que vem para a mesa como entrada, servido num espeto. Também a Marisqueira Delícia, onde costumo ir com amigos e que tem para mim o marisco com melhor relação preço-qualidade de Lisboa. Não me esqueço do restaurante “O Carvalho” em Chaves, onde vou menos vezes do que gostaria, comer os filetes de polvo panado e o arroz de fumeiro ou as maravilhosas alheiras.

Nas novidades do ano várias sugestões. Italiano, o restaurante Davvero no Hotel Sublime na Rua Artilharia 1 é especialmente bom como é também o GunPowder mesmo em frente à Cervejaria Trindade, onde os sabores indianos (com aquele toque picante que adoro), me enchem as medidas. Na comida típica portuguesa o Canalha na Rua da Junqueira foi dos que mais me surpreenderam em 2023, uma autêntica tasca portuguesa do século XXI com comida realmente bem confeccionada e os sabores antigos bem presentes. Não queria deixar de referir também o Frou Frou, onde fui recentemente, a nova jóia da família JNcQUOI, que nos apresenta uma viagem até aos loucos anos 20 da China, que combina a gastronomia, o som, o espetáculo único e que por vezes também tem festa!

Queria também realçar este novo formato a que os melhores restaurantes de Lisboa cada vez mais estão a aderir. Os chamados menus executivos do Yakuza, do Ásia, do XXL e tantos outros acabam por vir dar uma nova dinâmica aos almoços e uma oportunidade única para os poder saborear a preços relativamente acessíveis. As minhas decepções do ano ficam para a Noélia em Cabanas, onde entrei com elevadas expectativas mas que me desiludiu (devo ser o único), bem como a Tasca da Esquina, onde voltei a ir e voltou a não me encher as medidas. Uma palavra final para o Mona Verde, excelente espaço, muito agradável no Verão mas onde não senti que a comida acompanhasse os excelentes cocktails e ambiente. Termino com as saudades da Casa Aleixo (que já fechou) e dos filetes de polvo com arroz do mesmo. Alguns restaurantes deviam “viver” para sempre.

Que tenham um 2024 absolutamente fantástico é o que vos desejo a todos! Até para o ano!

No final de cada ano, gosto de fazer por aqui um balanço, do que fui visitando e gostando mais ou menos, no que aos restaurantes diz respeito. Embora goste sempre de frisar que não sou nenhum especialista na matéria nem uso terminologia técnica, gosto de partilhar alguns sítios onde vou, sobretudo aqueles que me surpreendem pela positiva porque eu próprio gosto de ir pedindo dicas e informações aos meus amigos e conhecidos dos sítios onde vão e do que vão experienciando. Como qualquer português que se preze, tenho muito prazer em almoçar e jantar fora e a minha passagem por África apurou-me a vontade de experimentar novos sabores, viver diferentes culturas e estudar um pouco do que é a gastronomia “dos outros”.

Os meus clássicos figuram sempre na minha lista anual e por isso nunca é demais referi-los. O Crispim em Fátima é onde me sinto em casa e talvez dos espaços com a comida mais ao meu gosto. Carnes grelhadas (normalmente o porco preto é a minha escolha ) acompanhadas de migas de broa com couve, batatas fritas caseiras, arroz de feijão e uma salada bem temperada, sem dispensar o chouriço e a morcela de arroz que vem para a mesa como entrada, servido num espeto. Também a Marisqueira Delícia, onde costumo ir com amigos e que tem para mim o marisco com melhor relação preço-qualidade de Lisboa. Não me esqueço do restaurante “O Carvalho” em Chaves, onde vou menos vezes do que gostaria, comer os filetes de polvo panado e o arroz de fumeiro ou as maravilhosas alheiras.

Nas novidades do ano várias sugestões. Italiano, o restaurante Davvero no Hotel Sublime na Rua Artilharia 1 é especialmente bom como é também o GunPowder mesmo em frente à Cervejaria Trindade, onde os sabores indianos (com aquele toque picante que adoro), me enchem as medidas. Na comida típica portuguesa o Canalha na Rua da Junqueira foi dos que mais me surpreenderam em 2023, uma autêntica tasca portuguesa do século XXI com comida realmente bem confeccionada e os sabores antigos bem presentes. Não queria deixar de referir também o Frou Frou, onde fui recentemente, a nova jóia da família JNcQUOI, que nos apresenta uma viagem até aos loucos anos 20 da China, que combina a gastronomia, o som, o espetáculo único e que por vezes também tem festa!

Queria também realçar este novo formato a que os melhores restaurantes de Lisboa cada vez mais estão a aderir. Os chamados menus executivos do Yakuza, do Ásia, do XXL e tantos outros acabam por vir dar uma nova dinâmica aos almoços e uma oportunidade única para os poder saborear a preços relativamente acessíveis. As minhas decepções do ano ficam para a Noélia em Cabanas, onde entrei com elevadas expectativas mas que me desiludiu (devo ser o único), bem como a Tasca da Esquina, onde voltei a ir e voltou a não me encher as medidas. Uma palavra final para o Mona Verde, excelente espaço, muito agradável no Verão mas onde não senti que a comida acompanhasse os excelentes cocktails e ambiente. Termino com as saudades da Casa Aleixo (que já fechou) e dos filetes de polvo com arroz do mesmo. Alguns restaurantes deviam “viver” para sempre.

Que tenham um 2024 absolutamente fantástico é o que vos desejo a todos! Até para o ano!

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José Paulo do Carmo 26/12/2023 09:59

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No final de cada ano, gosto de fazer por aqui um balanço, do que fui visitando e gostando mais ou menos, no que aos restaurantes diz respeito. Embora goste sempre de frisar que não sou nenhum especialista na matéria nem uso terminologia técnica, gosto de partilhar alguns sítios onde vou, sobretudo aqueles que me surpreendem pela positiva porque eu próprio gosto de ir pedindo dicas e informações aos meus amigos e conhecidos dos sítios onde vão e do que vão experienciando. Como qualquer português que se preze, tenho muito prazer em almoçar e jantar fora e a minha passagem por África apurou-me a vontade de experimentar novos sabores, viver diferentes culturas e estudar um pouco do que é a gastronomia “dos outros”.

Os meus clássicos figuram sempre na minha lista anual e por isso nunca é demais referi-los. O Crispim em Fátima é onde me sinto em casa e talvez dos espaços com a comida mais ao meu gosto. Carnes grelhadas (normalmente o porco preto é a minha escolha ) acompanhadas de migas de broa com couve, batatas fritas caseiras, arroz de feijão e uma salada bem temperada, sem dispensar o chouriço e a morcela de arroz que vem para a mesa como entrada, servido num espeto. Também a Marisqueira Delícia, onde costumo ir com amigos e que tem para mim o marisco com melhor relação preço-qualidade de........

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