Diogo Ribeiro, a nova estrela... portuguesa

A história do Diogo é bonita de se contar, pela prova de superação, de abnegação e de coragem de alguém que tinha tudo para desistir e não o fez.

Aos 19 anos, o nadador da Seleção Portuguesa e do Benfica conseguiu um feito histórico para o nosso país. Se trazer uma medalha de ouro numa competição destas seria desde logo inédito o “miúdo” juntou aos 50m Mariposa o mais alto lugar do pódio em Doha, nos 100 metros no mesmo estilo. Esta brilhante prestação deixa-nos assim com água na boca para os próximos Jogos Olímpicos, a realizar em Paris ainda este ano. São por isso naturais as nossas esperanças para o que há-de vir. Para já, tem o mérito de colocar parte de Portugal a olhar para uma modalidade sem grande visibilidade. No que a mim me toca, fez-me andar a pesquisar, nos dias anteriores a este feito, a hora e o canal em que seria transmitida em direto a final e que durante os 51,17 segundos com que estabeleceu novo recorde nacional me fizeram vibrar no sofá, junto com alguns amigos, que deu direito a abraços e comemoração efusiva.

A história do Diogo é bonita de se contar, pela prova de superação, de abnegação e de coragem de alguém que tinha tudo para desistir e não o fez. Nem sempre foi fácil, imagino, aliás, que tenha sido um caminho bem duro e sinuoso que lhe tirou o Pai logo aos 4 anos e que um grave acidente de mota quando tinha 16 lhe amputou parte do dedo indicador direito, atirando-o para uma cama do hospital e para largos meses de recuperação e fisioterapia que quase o fizeram dizer adeus à competição. Mas em boa hora não o fez e de lá para cá foi criando o sonho nos que lhe seguiram o percurso mais de perto, de que seria possível atingir os mais altos patamares neste desporto, com os vários títulos e recordes em categorias mais jovens.

Tinha (e tem) por isso tudo para se tornar num símbolo de orgulho para todos os portugueses. Bem, quase todos, porque outro símbolo, uma estrela de David que tem tatuada ao peito em honra e memória do seu Pai, fez com que o anti-semitismo mais primário de alguns viesse à tona e que logo fizeram questão de demonstrar mal terminou a prova. É pena que algumas pessoas que tanto gostam de bradar aos céus as bandeiras contra o racismo, a xenofobia ou a homofobia não se tenham sequer dado conta da incoerência e da gravidade do que acabaram por proclamar. Mesmo que neste caso, pelo que percebi, o símbolo que usa ao peito nem tivesse tanto a ver com qualquer religião ou cultura mas mais com o significado de proteção contra todos os males.

O que espero e desejo é que esta nova estrela portuguesa, com David ou sem, seja protegida contra estas mentes pequenas e retrógradas que em tudo veem mal e que só desejam liberdade quando é para o lado que mais lhes convém. Já estamos habituados. Grande Diogo Ribeiro e que consigas trazer para casa as medalhas que todos desejamos. Deixo também o reconhecimento à Angélica André, portuguesa do Clube Fluvial Portuense, que conseguiu a medalha de bronze nos 10 quilómetros de águas abertas nos mesmos mundiais. Estão os dois de parabéns e são um orgulho para (quase) todos nós. Independentemente do género, das escolhas religiosas ou mesmo do que decidirem tatuar a seguir….

Aos 19 anos, o nadador da Seleção Portuguesa e do Benfica conseguiu um feito histórico para o nosso país. Se trazer uma medalha de ouro numa competição destas seria desde logo inédito o “miúdo” juntou aos 50m Mariposa o mais alto lugar do pódio em Doha, nos 100 metros no mesmo estilo. Esta brilhante prestação deixa-nos assim com água na boca para os próximos Jogos Olímpicos, a realizar em Paris ainda este ano. São por isso naturais as nossas esperanças para o que há-de vir. Para já, tem o mérito de colocar parte de Portugal a olhar para uma modalidade sem grande visibilidade. No que a mim me toca, fez-me andar a pesquisar, nos dias anteriores a este feito, a hora e o canal em que seria transmitida em direto a final e que durante os 51,17 segundos com que estabeleceu novo recorde nacional me fizeram vibrar no sofá, junto com alguns amigos, que deu direito a abraços e comemoração efusiva.

A história do Diogo é bonita de se contar, pela prova de superação, de abnegação e de coragem de alguém que tinha tudo para desistir e não o fez. Nem sempre foi fácil, imagino, aliás, que tenha sido um caminho bem duro e sinuoso que lhe tirou o Pai logo aos 4 anos e que um grave acidente de mota quando tinha 16 lhe amputou parte do dedo indicador direito, atirando-o para uma cama do hospital e para largos meses de recuperação e fisioterapia que quase o fizeram dizer adeus à competição. Mas em boa hora não o fez e de lá para cá foi criando o sonho nos que lhe seguiram o percurso mais de perto, de que seria possível atingir os mais altos patamares neste desporto, com os vários títulos e recordes em categorias mais jovens.

Tinha (e tem) por isso tudo para se tornar num símbolo de orgulho para todos os portugueses. Bem, quase todos, porque outro símbolo, uma estrela de David que tem tatuada ao peito em honra e memória do seu Pai, fez com que o anti-semitismo mais primário de alguns viesse à tona e que logo fizeram questão de demonstrar mal terminou a prova. É pena que algumas pessoas que tanto gostam de bradar aos céus as bandeiras contra o racismo, a xenofobia ou a homofobia não se tenham sequer dado conta da incoerência e da gravidade do que acabaram por proclamar. Mesmo que neste caso, pelo que percebi, o símbolo que usa ao peito nem tivesse tanto a ver com qualquer religião ou cultura mas mais com o significado de proteção contra todos os males.

O que espero e desejo é que esta nova estrela portuguesa, com David ou sem, seja protegida contra estas mentes pequenas e retrógradas que em tudo veem mal e que só desejam liberdade quando é para o lado que mais lhes convém. Já estamos habituados. Grande Diogo Ribeiro e que consigas trazer para casa as medalhas que todos desejamos. Deixo também o reconhecimento à Angélica André, portuguesa do Clube Fluvial Portuense, que conseguiu a medalha de bronze nos 10 quilómetros de águas abertas nos mesmos mundiais. Estão os dois de parabéns e são um orgulho para (quase) todos nós. Independentemente do género, das escolhas religiosas ou mesmo do que decidirem tatuar a seguir….

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20.02.2024

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A história do Diogo é bonita de se contar, pela prova de superação, de abnegação e de coragem de alguém que tinha tudo para desistir e não o fez.

Aos 19 anos, o nadador da Seleção Portuguesa e do Benfica conseguiu um feito histórico para o nosso país. Se trazer uma medalha de ouro numa competição destas seria desde logo inédito o “miúdo” juntou aos 50m Mariposa o mais alto lugar do pódio em Doha, nos 100 metros no mesmo estilo. Esta brilhante prestação deixa-nos assim com água na boca para os próximos Jogos Olímpicos, a realizar em Paris ainda este ano. São por isso naturais as nossas esperanças para o que há-de vir. Para já, tem o mérito de colocar parte de Portugal a olhar para uma modalidade sem grande visibilidade. No que a mim me toca, fez-me andar a pesquisar, nos dias anteriores a este feito, a hora e o canal em que seria transmitida em direto a final e que durante os 51,17 segundos com que estabeleceu novo recorde nacional me fizeram vibrar no sofá, junto com alguns amigos, que deu direito a abraços e comemoração efusiva.

A história do Diogo é bonita de se contar, pela prova de superação, de abnegação e de coragem de alguém que tinha tudo para desistir e não o fez. Nem sempre foi fácil, imagino, aliás, que tenha sido um caminho bem duro e sinuoso que lhe tirou o Pai logo aos 4 anos e que um grave acidente de mota quando tinha 16 lhe amputou parte do dedo indicador direito, atirando-o para uma cama do hospital e para largos meses de recuperação e fisioterapia que quase o fizeram dizer adeus à competição. Mas em boa hora não o fez e de lá para cá foi criando o sonho nos que lhe seguiram o percurso mais de perto, de que seria possível atingir os mais altos patamares neste desporto, com os vários títulos e recordes em categorias mais jovens.

Tinha (e tem) por isso tudo para se tornar num símbolo de orgulho para todos os portugueses. Bem, quase todos, porque outro símbolo, uma estrela de David que tem tatuada ao peito em honra e memória do seu Pai, fez com que o anti-semitismo mais primário de alguns viesse à tona e que logo fizeram questão de demonstrar mal terminou a prova. É pena que algumas pessoas que tanto gostam de bradar aos céus as bandeiras contra o racismo, a xenofobia ou a homofobia não se tenham sequer dado........

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