Passagens Administrativas no 'M.E.'
a Sociologia da Informação e Propaganda, chama-se a esta técnica “Balão de Ensaio”, que consiste em lançar uma ideia para o ar para ver a reacção da sociedade civil. Se ninguém disser nada, a palavra de ordem é avançar…! Assim não!
Temos para nós que só é possível projectar o futuro conhecendo o passado e estando atento ao presente. O que os sociólogos gostam de fazer, no âmbito profissional empresarial, é tentar perceber primeiro, que os acontecimentos, as tendências, os mercados, os conflitos presentes, ou latentes, e, por fim, os inevitáveis que vão acontecer, já que é insustentável e difícil de justificar o que se está a passar no mundo actual, ou seja, cerca de 96% da população mundial tem o mesmo rendimento que 4%!
A pergunta que se faz, e que é muito pertinente, é esta: porquê??? E por mais que tentem investigar, estudar, ler, conversar com pessoas altamente preparadas em diversas áreas, e após 40 anos de docência em escolas do Ensino Superior, dizem-nos: “é assim porque é assim!!!” Esta resposta dada por um aluno num exame final remetia-o para a época de Outubro, já que a fundamentação de uma argumentação, no Ensino Superior, e não só, é imprescindível e essencial para a compreensão de qualquer fenómeno, de modo a ser possível equacionar uma mudança, já que a vida é um processo dinâmico e não estático.
A Evolução é sinónimo de progresso, a Involução de retrocesso. Como é possível alguém, no Ministério da “Educação”, que deveria voltar a chamar-se da “Instrução”, já que ali ninguém educa ninguém, poder sequer equacionar a questão de deixar de haver reprovações, no Ensino “Básico” até ao 9º ano, chamem-lhe ou não passagens automáticas, ou administrativas, ou fim das retenções ou de reprovações, para que haja “progresso” no Ensino?! Ou então para que os alunos deixem de sofrer e passem a ser felizes?!
Tal Conselho da Educação Nacional pronunciou-se, mas esteve calado durante 4 anos e acordou agora, e na ausência de Alexandra Leitão, aconselha, possivelmente, o Ministro a tomar uma decisão tão absurda, não fundamentada, mas cuja intenção revela total ausência de conhecimento da história da Educação em Portugal, e da história da Pedagogia. Da Escola activa querem passar à Escola reactiva, ou seja, querem reagir ao caos actual, criando condições que vão agravar ainda mais o desastre de Bolonha, que veio criar, em alguns casos, os chamados “analfabetos funcionais”, ou seja, sabem ler, mas não entender o que lêem!
É que até parece uma iniciativa terceiro-mundista para facilitar o pleno emprego à Juventude, para combater os “nem, nem”, só que ficam semi-analfabetos e vão ganhar 500 euros/mês. E qual será a reacção dos professores, dos pais, e de outras instituições que vão ser afectadas? Na Sociologia da Informação e Propaganda, chama-se a esta técnica “Balão de Ensaio”, que consiste em lançar uma ideia para o ar para ver a reacção da sociedade civil. Se ninguém disser nada, a palavra de ordem é avançar…! Assim não!
(20 de Novembro 2019)
Sociólogo
Temos para nós que só é possível projectar o futuro conhecendo o passado e estando atento ao presente. O que os sociólogos gostam de fazer, no âmbito profissional empresarial, é tentar perceber primeiro, que os acontecimentos, as tendências, os mercados, os conflitos presentes, ou latentes, e, por fim, os inevitáveis que vão acontecer, já que é insustentável e difícil de justificar o que se está a passar no mundo actual, ou seja, cerca de 96% da população mundial tem o mesmo rendimento que 4%!
A pergunta que se faz, e que é muito pertinente, é esta: porquê??? E por mais que tentem investigar, estudar, ler, conversar com pessoas altamente preparadas em diversas áreas, e após 40 anos de docência em escolas do Ensino Superior, dizem-nos: “é assim porque é assim!!!” Esta resposta dada por um aluno num exame final remetia-o para a época de Outubro, já que a fundamentação de uma argumentação, no Ensino Superior, e não só, é imprescindível e essencial para a compreensão de qualquer fenómeno, de modo a ser possível equacionar uma mudança, já que a vida é um processo dinâmico e não estático.
A Evolução é sinónimo de progresso, a Involução de retrocesso. Como é possível alguém, no Ministério da “Educação”, que deveria voltar a chamar-se da “Instrução”, já que ali ninguém educa ninguém, poder sequer equacionar a questão de deixar de haver reprovações, no Ensino “Básico” até ao 9º ano, chamem-lhe ou não passagens automáticas, ou administrativas, ou fim das retenções ou de reprovações, para que haja “progresso” no Ensino?! Ou então para que os alunos deixem de sofrer e passem a ser felizes?!
Tal Conselho da Educação Nacional pronunciou-se, mas esteve calado durante 4 anos e acordou agora, e na ausência de Alexandra Leitão, aconselha, possivelmente, o Ministro a tomar uma decisão tão absurda, não fundamentada, mas cuja intenção revela total ausência de conhecimento da história da Educação em Portugal, e da história da Pedagogia. Da Escola activa querem passar à Escola reactiva, ou seja, querem reagir ao caos actual, criando condições que vão agravar ainda mais o desastre de Bolonha, que veio criar, em alguns casos, os chamados “analfabetos funcionais”, ou seja, sabem ler, mas não entender o que lêem!
É que até parece uma iniciativa terceiro-mundista para facilitar o pleno emprego à Juventude, para combater os “nem, nem”, só que ficam semi-analfabetos e vão ganhar 500 euros/mês. E qual será a reacção dos professores, dos pais, e de outras instituições que vão ser afectadas? Na Sociologia da Informação e Propaganda, chama-se a esta técnica “Balão de Ensaio”, que consiste em lançar uma ideia para o ar para ver a reacção da sociedade civil. Se ninguém disser nada, a palavra de ordem é avançar…! Assim não!
(20 de Novembro 2019)
Sociólogo
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