Professores versus Treinadores

Estamos a fazer de ginastas excepcionais, que realizam performances excepcionais, que em 95% dos professores licenciados não têm essa capacidade, vontade e disponibilidade, já que por vezes há lesões graves com todos os problemas inerentes.

Um professor que nunca foi treinador é mais formal que este último, mas preocupa-se mais com questões pedagógicas, até “formais”, como por exemplo a observação das normas, dos princípios, da ética e até da segurança, que acaba por dar confiança ao executante de um exercício difícil ou até arriscado, ou seja, um professor não improvisa coisa alguma por que a pedagogia tem que estar sempre presente.

Um treinador, normalmente, nasce atleta praticante, é um prático, e com os anos julga que pode ser professor, mas com essa mentalidade nunca será mais que treinador, treina mas não estuda a cinesiologia do movimento, apenas repete dezenas de vezes o movimento para o automatizar, mas sem cuidar de saber se o “estereótipo” do exercício foi respeitado, repetindo 1000 vezes correctamente.

Mas a questão mais triste de constatar é que em Portugal alguns dos melhores ginastas, que “viraram” treinadores, foram dos melhores, porque tinham grande intuição para o movimento, bom senso, e capacidade para aprender com quem sabia. Só que os “saraus” de ginástica dos clubes da especialidade projectavam mais certos treinadores do que professores, a questão que deve preocupar o Ministério da Educação é ter professores nas escolas, e não treinadores, para isso existem os clubes desportivos.

Através da inspecção pedagógica é possível corrigir esta “tendência”, porque os clubes, à noite, dão aulas e ficam predispostos a repetir nas suas aulas do Ministério da Educação o que fazem nos clubes porque dá menos trabalho, não se trata de repetir normas, processos e métodos, é mais recreativo e espectacular.

A questão que se coloca aqui é perceber que tipo de inspecção é que se deve fazer nas escolas do Ministério da Educação e qual o seu objectivo final. Os treinadores desportivos, podem ser reconvertidos em “professores”, pelo Ministério da Educação, com um curso intensivo de um ano, seguido de um estágio pedagógico de 3 meses, orientado por um docente licenciado pela Faculdade de Motricidade Humana do Ministério da Educação.

Estamos a fazer de ginastas excepcionais, que realizam performances excepcionais, que em 95% dos professores licenciados não têm essa capacidade, vontade e disponibilidade, já que por vezes há lesões graves com todos os problemas inerentes. É que é possível reconverter alguns treinadores excepcionais, porquanto, por vezes, também há professores excepcionais. É tudo uma questão de ambição, de vontade de atingir o melhor nível possível, e ter orgulho nisso.

Sociólogo

Um professor que nunca foi treinador é mais formal que este último, mas preocupa-se mais com questões pedagógicas, até “formais”, como por exemplo a observação das normas, dos princípios, da ética e até da segurança, que acaba por dar confiança ao executante de um exercício difícil ou até arriscado, ou seja, um professor não improvisa coisa alguma por que a pedagogia tem que estar sempre presente.

Um treinador, normalmente, nasce atleta praticante, é um prático, e com os anos julga que pode ser professor, mas com essa mentalidade nunca será mais que treinador, treina mas não estuda a cinesiologia do movimento, apenas repete dezenas de vezes o movimento para o automatizar, mas sem cuidar de saber se o “estereótipo” do exercício foi respeitado, repetindo 1000 vezes correctamente.

Mas a questão mais triste de constatar é que em Portugal alguns dos melhores ginastas, que “viraram” treinadores, foram dos melhores, porque tinham grande intuição para o movimento, bom senso, e capacidade para aprender com quem sabia. Só que os “saraus” de ginástica dos clubes da especialidade projectavam mais certos treinadores do que professores, a questão que deve preocupar o Ministério da Educação é ter professores nas escolas, e não treinadores, para isso existem os clubes desportivos.

Através da inspecção pedagógica é possível corrigir esta “tendência”, porque os clubes, à noite, dão aulas e ficam predispostos a repetir nas suas aulas do Ministério da Educação o que fazem nos clubes porque dá menos trabalho, não se trata de repetir normas, processos e métodos, é mais recreativo e espectacular.

A questão que se coloca aqui é perceber que tipo de inspecção é que se deve fazer nas escolas do Ministério da Educação e qual o seu objectivo final. Os treinadores desportivos, podem ser reconvertidos em “professores”, pelo Ministério da Educação, com um curso intensivo de um ano, seguido de um estágio pedagógico de 3 meses, orientado por um docente licenciado pela Faculdade de Motricidade Humana do Ministério da Educação.

Estamos a fazer de ginastas excepcionais, que realizam performances excepcionais, que em 95% dos professores licenciados não têm essa capacidade, vontade e disponibilidade, já que por vezes há lesões graves com todos os problemas inerentes. É que é possível reconverter alguns treinadores excepcionais, porquanto, por vezes, também há professores excepcionais. É tudo uma questão de ambição, de vontade de atingir o melhor nível possível, e ter orgulho nisso.

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Educação, Desporto e Política

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Professores versus Treinadores

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07.12.2023

Professores versus Treinadores

Estamos a fazer de ginastas excepcionais, que realizam performances excepcionais, que em 95% dos professores licenciados não têm essa capacidade, vontade e disponibilidade, já que por vezes há lesões graves com todos os problemas inerentes.

Um professor que nunca foi treinador é mais formal que este último, mas preocupa-se mais com questões pedagógicas, até “formais”, como por exemplo a observação das normas, dos princípios, da ética e até da segurança, que acaba por dar confiança ao executante de um exercício difícil ou até arriscado, ou seja, um professor não improvisa coisa alguma por que a pedagogia tem que estar sempre presente.

Um treinador, normalmente, nasce atleta praticante, é um prático, e com os anos julga que pode ser professor, mas com essa mentalidade nunca será mais que treinador, treina mas não estuda a cinesiologia do movimento, apenas repete dezenas de vezes o movimento para o automatizar, mas sem cuidar de saber se o “estereótipo” do exercício foi respeitado, repetindo 1000 vezes correctamente.

Mas a questão mais triste de constatar é que em Portugal alguns dos melhores ginastas, que “viraram” treinadores, foram dos melhores, porque tinham grande intuição para o movimento, bom senso, e capacidade para aprender com quem sabia. Só que os “saraus” de ginástica dos clubes da especialidade projectavam mais certos treinadores do que professores, a questão que deve preocupar o Ministério da Educação é ter professores nas escolas, e não treinadores, para isso existem os clubes desportivos.

Através da inspecção pedagógica é possível corrigir esta “tendência”, porque os clubes, à noite, dão aulas e ficam predispostos a repetir nas suas aulas do Ministério da Educação o que fazem nos clubes porque dá menos trabalho, não se trata de repetir normas, processos e métodos, é mais recreativo e espectacular.

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