Os problemas permanecem para além da crise política

Os problemas permanecem para além da crise política

SÓNIA LEAL MARTINS 17/11/2023 17:10

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O Partido Socialista nada fez para resolver os problemas dos portugueses e teima em não reconhecer a verdade.

Há uma semana e meia que António Costa pediu a sua demissão ao Presidente da República, mais uma crise política desencadeada pelo Partido Socialista. Depois de oito anos de uma governação que pouco nos pode orgulhar e basta sermos sérios na análise, estagnámos, não desenvolvemos, não inovámos, não nos modernizámos, resignámo-nos a sermos os últimos dos rankings.

Estas crises políticas são verdadeiramente penosas para o país e para os Portugueses. Temos vindo a assistir a puras manobras eleitorais por parte do Governo no que diz respeito ao Orçamento de Estado para 2024 – o IUC afinal já não faz sentido, o ambiente deixou de ser relevante. O que também deixou de ser relevante foram as negociações com os médicos, com os enfermeiros, com os professores – quem esperou 8 anos poderá continuar à espera sabe-se lá até quando.

O encerramento de urgências hospitalares pelo País passou de algo limitado no tempo (período das férias de verão) para algo permanente, já foi o tempo em que não precisávamos de nos preocupar em saber quais as urgências que estão abertas.

Na freguesia de Azeitão, em Setúbal, foi construído um novo Centro de Saúde, com todas as condições de infraestrutura que permite prestar cuidados de saúde com dignidade. O que não se sabe é quando é que a população vai usufruir deste equipamento. O Ministro da Saúde parece ainda não ter percebido que o problema do SNS não se resolve apenas com a construção de novos Hospitais e Centros de Saúde, são necessários recursos humanos para que estas unidades possam funcionar e traduzirem-se numa efetiva resposta às populações. Não querendo ser pessimista, o que provavelmente irá acontecer é que para abrir o novo centro de saúde, outros utentes irão perder os seus médicos de família.

Era interessante que a ARS-LVT olhasse para este novo Centro de Saúde como uma verdadeira oportunidade de melhorar as condições de acesso a cuidados de saúde das populações, neste caso dos azeitonenses.

O Centro Hospitalar de Setúbal está completamente sobrelotado e há algum tempo que deixou de dar resposta à população, sendo que nos últimos meses temos vindo a assistir a encerramentos constantes de Serviços de Urgência Pediátrica e de Obstetrícia.

Entendo por isso, que o Centro de Saúde de Azeitão deveria contribuir para a diminuição da afluência dos utentes não urgentes ao Serviço de Urgência Geral do Hospital, e isso é possível através da criação de um Serviços de Urgência Básica que disponha de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT), nomeadamente equipamento de Raios-X e de Análises Clínicas, serviços estes que teriam obrigatoriamente que funcionar 24h/24h, com camas para internamento de curta duração (até 48h), para utentes a aguardar decisão clínica, sempre em articulação com o Centro Hospitalar de Setúbal.

Além disto, prever a existência de consultas de especialidade descentralizadas do Hospital, neste caso no Centro de Saúde de Azeitão, facilitaria o acesso às mesmas pela população, seria um ganho muito importante para estes utentes que se muitos vezes ficam privados do direito à saúde.

Nas escolas o cenário é pouco melhor, os professores continuam a ser ignorados, mas o Ministro até foi reconhecido pela OCDE, João Costa foi eleito presidente do Comité de Políticas Educativas da OCDE.

Muitas escolas não têm a dignidade que se exige para proporcionarem as condições de ensino que é suposto uma escola ter. Uma escola tem de ter as condições mínimas de segurança e conforto para a comunidade escolar.

Há uma em particular, que conheço bem, que é a Escola Secundária Sebastião da Gama, em Setúbal, que foi intervencionada pela Parque Escolar (quem lá vai visitar não acredita, mas foi) e que tem um ginásio cujo teto está segurado com estacas, tem problemas de humidade gravíssimos, tem tetos a ceder, tem janelas em péssimas condições, um dos acessos ao bar dos alunos está fechado por questões de segurança, uma panóplia de problemas que em caso de bom senso a escola estaria encerrada.

Hoje o Diário de Notícias dá conta que há alunos, da Escola Secundária Sebastião da Gama, que telefonam aos pais para os irem buscar à escola, sempre que precisam de ir à casa de banho. As casas de banho da escola são indiscritíveis – envergonham qualquer pessoa. Seria bom o ainda Ministro da Educação explicar o que tem sido feito ao dinheiro da renda que a escola paga à Parque Escolar – se foi investido não é certamente na escola.

São pequenos exemplos da extensão das dificuldades que ainda hoje temos no nosso País e que o Partido Socialista nada fez para resolver os problemas dos portugueses e teima em não reconhecer a verdade. Parece que o Partido Socialista vive num país à parte, vive na sua bolha em que tudo vai de feição.

Há uma semana e meia que António Costa pediu a sua demissão ao Presidente da República, mais uma crise política desencadeada pelo Partido Socialista. Depois de oito anos de uma governação que pouco nos pode orgulhar e basta sermos sérios na análise, estagnámos, não desenvolvemos, não inovámos, não nos modernizámos, resignámo-nos a sermos os últimos dos rankings.

Estas crises políticas são verdadeiramente penosas para o país e para os Portugueses. Temos vindo a assistir a puras manobras eleitorais por parte do Governo no que diz respeito ao Orçamento de Estado para 2024 – o IUC afinal já não faz sentido, o ambiente deixou de ser relevante. O que também deixou de ser relevante foram as negociações com os médicos, com os enfermeiros, com os professores – quem esperou 8 anos poderá continuar à espera sabe-se lá até quando.

O encerramento de urgências hospitalares pelo País passou de algo limitado no tempo (período das férias de verão) para algo permanente, já foi o tempo em que não precisávamos de nos preocupar em saber quais as urgências que estão abertas.

Na freguesia de Azeitão, em Setúbal, foi construído um novo Centro de Saúde, com todas as condições de infraestrutura que permite prestar cuidados de saúde com dignidade. O que não se sabe é quando é que a população vai usufruir deste equipamento. O Ministro da Saúde parece ainda não ter percebido que o problema do SNS não se resolve apenas com a construção de novos Hospitais e Centros de Saúde, são necessários recursos humanos para que estas unidades possam funcionar e traduzirem-se numa efetiva resposta às populações. Não querendo ser pessimista, o que provavelmente irá acontecer é que para abrir o novo centro de saúde, outros utentes irão perder os seus médicos de família.

Era interessante que a ARS-LVT olhasse para este novo Centro de Saúde como uma verdadeira oportunidade de melhorar as condições de acesso a cuidados de saúde das populações, neste caso dos azeitonenses.

O Centro Hospitalar de Setúbal está completamente sobrelotado e há algum tempo que deixou de dar resposta à população, sendo que nos últimos meses temos vindo a assistir a encerramentos constantes de Serviços de Urgência Pediátrica e de Obstetrícia.

Entendo por isso, que o Centro de Saúde de Azeitão deveria contribuir para a diminuição da afluência dos utentes não urgentes ao Serviço de Urgência Geral do Hospital, e isso é possível através da criação de um Serviços de Urgência Básica que disponha de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT), nomeadamente equipamento de Raios-X e de Análises Clínicas, serviços estes que teriam obrigatoriamente que funcionar 24h/24h, com camas para internamento de curta duração (até 48h), para utentes a aguardar decisão clínica, sempre em articulação com o Centro Hospitalar de Setúbal.

Além disto, prever a existência de consultas de especialidade descentralizadas do Hospital, neste caso no Centro de Saúde de Azeitão, facilitaria o acesso às mesmas pela população, seria um ganho muito importante para estes utentes que se muitos vezes ficam privados do direito à saúde.

Nas escolas o cenário é pouco melhor, os professores continuam a ser ignorados, mas o Ministro até foi reconhecido pela OCDE, João Costa foi eleito presidente do Comité de Políticas Educativas da OCDE.

Muitas escolas não têm a dignidade que se exige para proporcionarem as condições de ensino que é suposto uma escola ter. Uma escola tem de ter as condições mínimas de segurança e conforto para a comunidade escolar.

Há uma em particular, que conheço bem, que é a Escola Secundária Sebastião da Gama, em Setúbal, que foi intervencionada pela Parque Escolar (quem lá vai visitar não acredita, mas foi) e que tem um ginásio cujo teto está segurado com estacas, tem problemas de humidade gravíssimos, tem tetos a ceder, tem janelas em péssimas condições, um dos acessos ao bar dos alunos está fechado por questões de segurança, uma panóplia de problemas que em caso de bom senso a escola estaria encerrada.

Hoje o Diário de Notícias dá conta que há alunos, da Escola Secundária Sebastião da Gama, que telefonam aos pais para os irem buscar à escola, sempre que precisam de ir à casa de banho. As casas de banho da escola são indiscritíveis – envergonham qualquer pessoa. Seria bom o ainda Ministro da Educação explicar o que tem sido feito ao dinheiro da renda que a escola paga à Parque Escolar – se foi investido não é certamente na escola.

São pequenos exemplos da extensão das dificuldades que ainda hoje temos no nosso País e que o Partido Socialista nada fez para resolver os problemas dos portugueses e teima em não reconhecer a verdade. Parece que o Partido Socialista vive num país à parte, vive na sua bolha em que tudo vai de feição.

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17.11.2023

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SÓNIA LEAL MARTINS 17/11/2023 17:10

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O Partido Socialista nada fez para resolver os problemas dos portugueses e teima em não reconhecer a verdade.

Há uma semana e meia que António Costa pediu a sua demissão ao Presidente da República, mais uma crise política desencadeada pelo Partido Socialista. Depois de oito anos de uma governação que pouco nos pode orgulhar e basta sermos sérios na análise, estagnámos, não desenvolvemos, não inovámos, não nos modernizámos, resignámo-nos a sermos os últimos dos rankings.

Estas crises políticas são verdadeiramente penosas para o país e para os Portugueses. Temos vindo a assistir a puras manobras eleitorais por parte do Governo no que diz respeito ao Orçamento de Estado para 2024 – o IUC afinal já não faz sentido, o ambiente deixou de ser relevante. O que também deixou de ser relevante foram as negociações com os médicos, com os enfermeiros, com os professores – quem esperou 8 anos poderá continuar à espera sabe-se lá até quando.

O encerramento de urgências hospitalares pelo País passou de algo limitado no tempo (período das férias de verão) para algo permanente, já foi o tempo em que não precisávamos de nos preocupar em saber quais as urgências que estão abertas.

Na freguesia de Azeitão, em Setúbal, foi construído um novo Centro de Saúde, com todas as condições de infraestrutura que permite prestar cuidados de saúde com dignidade. O que não se sabe é quando é que a população vai usufruir deste equipamento. O Ministro da Saúde parece ainda não ter percebido que o problema do SNS não se resolve apenas com a construção de novos Hospitais e Centros de Saúde, são necessários recursos humanos para que estas unidades possam funcionar e traduzirem-se numa efetiva resposta às populações. Não querendo ser pessimista, o que provavelmente irá acontecer é que para abrir o novo centro de saúde, outros utentes irão perder os seus médicos de família.

Era interessante que a ARS-LVT olhasse para este novo Centro de Saúde como uma verdadeira oportunidade de melhorar as condições de acesso a cuidados de saúde das populações, neste caso dos azeitonenses.

O Centro Hospitalar de Setúbal está completamente sobrelotado e há algum tempo........

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