Arranjem a Via do Infante antes do fim das portagens
A Via do Infante, que não foi construída como autoestrada, é uma das mais perigosas do país, até devido à inclinação do pavimento em muitas das curvas. Qualquer automobilista minimamente habilitado sabe isso – basta ver que é difícil andar a 120 quilómetros por hora em alguns dos troços.
Sempre que há eleições legislativas assistimos a promessas de tudo e mais alguma coisa, não havendo limites para as mesmas. Este ano, os impostos, os aumentos das pensões e dos ordenados mínimos, bem como mais habitação fazem parte da ementa de quase todos os partidos.
Não vou discutir a viabilidade das mesmas, deixo isso para os especialistas, mas não posso deixar de constatar que, nos tempos que corremos, a forma é que interessa e o conteúdo é deitado para baixo do tapete. Vejamos a proposta de Pedro Nuno Santos para a abolição das portagens em algumas autoestradas. Diz o novo líder do PS_que quer abolir as portagens nas autoestradas do interior, bem como a do Algarve, vulgo Via do Infante.
A ideia, já exigida por outros partidos noutras épocas e chumbada pelo PS, ganha assim novo fôlego. Mas o que estranho é que não se olhe para o estado de degradação da Via do Infante, que tem dezenas de quilómetros num estado paupérrimo, e se fale no fim das portagens. Se com os utentes a pagarem cada quilómetro que percorrem o pavimento está como está, como será quando não houver dinheiro?
A Via do Infante, que não foi construída como autoestrada, é uma das mais perigosas do país, até devido à inclinação do pavimento em muitas das curvas. Qualquer automobilista minimamente habilitado sabe isso – basta ver que é difícil andar a 120 quilómetros por hora em alguns dos troços. O caso é ainda mais escandaloso, pois quando entramos em Espanha vamos tranquilamente até Sevilha, com bom piso, sem gastar um cêntimo.
P. S. O problema da habitação agravou-se nos últimos anos e o fenómeno do turismo de pé descalço e da imigração ajudou à festa – quer seja a imigração de luxo, bem como a imigração laboral. Se ambas são bem-vindas, é óbvio que é preciso haver regras.
Depois do 25 de Abril houve uma necessidade de ‘riscar’ praticamente tudo o que era feito no Estado Novo, ‘apagando-se’ de uma forma cega o que de bom se estava a fazer. Vivi 24 anos num prédio de habitação social, nos Olivais, um bairro que ainda hoje é um excelente exemplo de integração, e onde várias classes sociais tinham os seus prédios. Que iam desde os juízes aos guardas da GNR, passando por professores. Talvez não fosse má ideia recuperar essas ideias, facilitando a vida a profissionais que têm de vir de outras regiões, e não só. E atenção que não estou a defender guetos para os imigrantes laborais, bem pelo contrário. Olhem para os Olivais e aprendam. Todas as classes sociais conviviam em harmonia, onde não faltavam espaços verdes. Como comparação, olhem para o que foi feito nos anos 80, onde selvas de betão ‘esmagaram’ os arredores de Lisboa.
Sempre que há eleições legislativas assistimos a promessas de tudo e mais alguma coisa, não havendo limites para as mesmas. Este ano, os impostos, os aumentos das pensões e dos ordenados mínimos, bem como mais habitação fazem parte da ementa de quase todos os partidos.
Não vou discutir a viabilidade das mesmas, deixo isso para os especialistas, mas não posso deixar de constatar que, nos tempos que corremos, a forma é que interessa e o conteúdo é deitado para baixo do tapete. Vejamos a proposta de Pedro Nuno Santos para a abolição das portagens em algumas autoestradas. Diz o novo líder do PS_que quer abolir as portagens nas autoestradas do interior, bem como a do Algarve, vulgo Via do Infante.
A ideia, já exigida por outros partidos noutras épocas e chumbada pelo PS, ganha assim novo fôlego. Mas o que estranho é que não se olhe para o estado de degradação da Via do Infante, que tem dezenas de quilómetros num estado paupérrimo, e se fale no fim das portagens. Se com os utentes a pagarem cada quilómetro que percorrem o pavimento está como está, como será quando não houver dinheiro?
A Via do Infante, que não foi construída como autoestrada, é uma das mais perigosas do país, até devido à inclinação do pavimento em muitas das curvas. Qualquer automobilista minimamente habilitado sabe isso – basta ver que é difícil andar a 120 quilómetros por hora em alguns dos troços. O caso é ainda mais escandaloso, pois quando entramos em Espanha vamos tranquilamente até Sevilha, com bom piso, sem gastar um cêntimo.
P. S. O problema da habitação agravou-se nos últimos anos e o fenómeno do turismo de pé descalço e da imigração ajudou à festa – quer seja a imigração de luxo, bem como a imigração laboral. Se ambas são bem-vindas, é óbvio que é preciso haver regras.
Depois do 25 de Abril houve uma necessidade de ‘riscar’ praticamente tudo o que era feito no Estado Novo, ‘apagando-se’ de uma forma cega o que de bom se estava a fazer. Vivi 24 anos num prédio de habitação social, nos Olivais, um bairro que ainda hoje é um excelente exemplo de integração, e onde várias classes sociais tinham os seus prédios. Que iam desde os juízes aos guardas da GNR, passando por professores. Talvez não fosse má ideia recuperar essas ideias, facilitando a vida a profissionais que têm de vir de outras regiões, e não só. E atenção que não estou a defender guetos para os imigrantes laborais, bem pelo contrário. Olhem para os Olivais e aprendam. Todas as classes sociais conviviam em harmonia, onde não faltavam espaços verdes. Como comparação, olhem para o que foi feito nos anos 80, onde selvas de betão ‘esmagaram’ os arredores de Lisboa.
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