De eleições em eleições até à derrota final

Não é preciso ser o Merlin para acreditar que em breve seremos, de novo, chamados a votar. O que não augura nada de bom para o país, mas é a vida, como diz o outro.

Em 2015, quando a coligação do PSD e do CDS foram a votos, depois do período da troika em que houve cortes brutais nos ordenados e pensões, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas conseguiram 102 deputados, a que se juntaram os cinco da Madeira e dos Açores, eleitos pelo PSD. Ganharam as eleições, mas como não tinham uma maioria de 116 deputados, surgiu em cena a famosa ‘geringonça’ liderada por António Costa que rapidamente correu com a coligação de direita. Repare-se que estamos a falar de um dos períodos de maior aperto para as famílias, mas mesmo assim a aliança de direita venceu, apesar de depois ter sido o que sabemos.

Oito anos depois, o Governo do PS, que tinha maioria absoluta, caiu após a Operação Influencer - algo nada abonatório para o chefe de gabinete de António Costa, para o próprio e para um ministro, João Galamba, além de outras personagens na órbita do poder.

Uns meses depois, no domingo passado, realizaram-se eleições legislativas e a Aliança Democrática fez lembrar o PS de 2015, pois não conseguiu convencer o eleitorado de que o país precisa de uma mudança clara. Ou por outra, que a AD, apesar do cenário de miséria que envolveu o PS, só conseguiu uma vitória pífia. E repare-se que houve mais 750 mil eleitores que foram votar do que em 2022, altura em que Costa conseguiu a maioria absoluta. Se atendermos a que a AD só conseguiu mais 146 mil votos do que em 2022, percebe-se o rosto de Luís Montenegro na hora de gritar vitória… E é preciso não esquecer que o PS perdeu mais de 486 mil votos de uma eleição para a outra. Esta é a primeira verdade das eleições de domingo. A segunda é que o Chega foi o grande vencedor, pois conseguiu convencer mais de um milhão de portugueses a votarem em André Ventura.

Como a AD já disse que não quer nenhum acordo parlamentar com o Chega, que conseguiu 48 deputados contra os 79 da AD, veremos quanto tempo aguentará esta Aliança Democrática. Não é preciso ser o Merlin para acreditar que em breve seremos, de novo, chamados a votar. O que não augura nada de bom para o país, mas é a vida, como diz o outro.

Em 2015, quando a coligação do PSD e do CDS foram a votos, depois do período da troika em que houve cortes brutais nos ordenados e pensões, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas conseguiram 102 deputados, a que se juntaram os cinco da Madeira e dos Açores, eleitos pelo PSD. Ganharam as eleições, mas como não tinham uma maioria de 116 deputados, surgiu em cena a famosa ‘geringonça’ liderada por António Costa que rapidamente correu com a coligação de direita. Repare-se que estamos a falar de um dos períodos de maior aperto para as famílias, mas mesmo assim a aliança de direita venceu, apesar de depois ter sido o que sabemos.

Oito anos depois, o Governo do PS, que tinha maioria absoluta, caiu após a Operação Influencer - algo nada abonatório para o chefe de gabinete de António Costa, para o próprio e para um ministro, João Galamba, além de outras personagens na órbita do poder.

Uns meses depois, no domingo passado, realizaram-se eleições legislativas e a Aliança Democrática fez lembrar o PS de 2015, pois não conseguiu convencer o eleitorado de que o país precisa de uma mudança clara. Ou por outra, que a AD, apesar do cenário de miséria que envolveu o PS, só conseguiu uma vitória pífia. E repare-se que houve mais 750 mil eleitores que foram votar do que em 2022, altura em que Costa conseguiu a maioria absoluta. Se atendermos a que a AD só conseguiu mais 146 mil votos do que em 2022, percebe-se o rosto de Luís Montenegro na hora de gritar vitória… E é preciso não esquecer que o PS perdeu mais de 486 mil votos de uma eleição para a outra. Esta é a primeira verdade das eleições de domingo. A segunda é que o Chega foi o grande vencedor, pois conseguiu convencer mais de um milhão de portugueses a votarem em André Ventura.

Como a AD já disse que não quer nenhum acordo parlamentar com o Chega, que conseguiu 48 deputados contra os 79 da AD, veremos quanto tempo aguentará esta Aliança Democrática. Não é preciso ser o Merlin para acreditar que em breve seremos, de novo, chamados a votar. O que não augura nada de bom para o país, mas é a vida, como diz o outro.

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De eleições em eleições até à derrota final

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12.03.2024

De eleições em eleições até à derrota final

Não é preciso ser o Merlin para acreditar que em breve seremos, de novo, chamados a votar. O que não augura nada de bom para o país, mas é a vida, como diz o outro.

Em 2015, quando a coligação do PSD e do CDS foram a votos, depois do período da troika em que houve cortes brutais nos ordenados e pensões, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas conseguiram 102 deputados, a que se juntaram os cinco da Madeira e dos Açores, eleitos pelo PSD. Ganharam as eleições, mas como não tinham uma maioria de 116 deputados, surgiu em cena a famosa ‘geringonça’ liderada por António Costa que rapidamente correu com a coligação de direita. Repare-se que estamos a falar de um dos períodos de maior aperto para as famílias, mas mesmo assim a aliança de direita venceu, apesar de depois ter sido o que sabemos.

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Uns meses depois, no domingo passado, realizaram-se eleições legislativas e a Aliança Democrática fez lembrar o PS de 2015, pois não conseguiu convencer o eleitorado de que o país precisa de uma mudança clara. Ou por outra, que a AD, apesar do cenário de miséria que envolveu o PS, só conseguiu uma vitória pífia. E repare-se que houve mais 750 mil eleitores que foram votar do que em 2022, altura em que Costa conseguiu a maioria absoluta. Se atendermos a que a AD só conseguiu mais 146 mil votos do que em 2022, percebe-se o rosto de Luís Montenegro na hora de gritar vitória… E é preciso não esquecer que o PS perdeu mais de 486 mil votos de uma eleição para a outra. Esta é a primeira verdade........

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