Os pobres é que pagam a crise na Saúde
Os avisos têm anos e só por manifesta incompetência é que os Governos dos últimos tempos deixaram o Serviço Nacional de Saúde (SNS) chegar ao estado em que se encontra.
Sou um cliente do SNS e sei bem como tem excelentes profissionais, sejam médicos, enfermeiros ou pessoal administrativo. Tenho visto as dificuldades com que se debatem, e como muitos só por carolice ainda não deixaram o cenário ser mais dantesco.
Tenho lido e feito artigos e entrevistas a médicos conceituados e todos são unânimes que a salvação do SNS passará, inevitavelmente, por uma reforma ampla, que não deixe de fora o privado e o social, com o sistema público a funcionar como a trave-mestra. Veja-se como se destruiu as Parcerias Público Privadas que na Saúde – ao contrário de outras áreas, é preciso que se diga – funcionavam tão bem, como seja o caso de Braga ou de Vila Franca de Xira. Só por questões ideológicas se destruiu essa mais valia. O sistema privado cresceu exponencialmente e não pode ser desperdiçado. O Estado não consegue fazer TAC por falta de equipamento? Façam um concurso público e vejam quem pode fazer o serviço a horas e bem feito, já que os custos não são superiores aos dos hospitais públicos.
É verdade que os profissionais de Saúde têm sido desprezados, mas, parece-me, os médicos, alguns, não querem que seja implementado um sistema de mérito, pois defendem que todos devem ganhar por igual._Mas isto faz algum sentido? Um médico que ‘salva’ doentes, que opera bem e resolve listas de espera, deve ganhar o mesmo que um mau médico? Não me parece.
Há quem tenha estudado o problema a fundo e defenda que ainda poderá haver salvação para o SNS, mas as questões ideológicas têm de ficar de fora, já que o tempo esgota-se e novembro começa amanhã. E, afinal, se o SNS falir quem vai sofrer mais, como é óbvio, são os doentes mais pobres, à semelhança do que se passa nas Venezuelas desta vida.
Por fim, percebo o descontentamento de muitos profissionais, mas a banalização das greves começa a tornar-se incompreensível. Ainda esta semana vi pessoas fazerem mais de uma centena de quilómetros para irem a uma consulta a Lisboa e confrontarem-se com a porta do_Centro de Saúde fechado. Isto é incompreensível, e mesmo a população mais idosa das grandes cidades não aguenta tanta greve. Haja bom senso e não prejudiquem os mais necessitados. Cabe ao Estado resolver o que deixou descarrilar nos últimos anos.
Sou um cliente do SNS e sei bem como tem excelentes profissionais, sejam médicos, enfermeiros ou pessoal administrativo. Tenho visto as dificuldades com que se debatem, e como muitos só por carolice ainda não deixaram o cenário ser mais dantesco.
Tenho lido e feito artigos e entrevistas a médicos conceituados e todos são unânimes que a salvação do SNS passará, inevitavelmente, por uma reforma ampla, que não deixe de fora o privado e o social, com o sistema público a funcionar como a trave-mestra. Veja-se como se destruiu as Parcerias Público Privadas que na Saúde – ao contrário de outras áreas, é preciso que se diga – funcionavam tão bem, como seja o caso de Braga ou de Vila Franca de Xira. Só por questões ideológicas se destruiu essa mais valia. O sistema privado cresceu exponencialmente e não pode ser desperdiçado. O Estado não consegue fazer TAC por falta de equipamento? Façam um concurso público e vejam quem pode fazer o serviço a horas e bem feito, já que os custos não são superiores aos dos hospitais públicos.
É verdade que os profissionais de Saúde têm sido desprezados, mas, parece-me, os médicos, alguns, não querem que seja implementado um sistema de mérito, pois defendem que todos devem ganhar por igual._Mas isto faz algum sentido? Um médico que ‘salva’ doentes, que opera bem e resolve listas de espera, deve ganhar o mesmo que um mau médico? Não me parece.
Há quem tenha estudado o problema a fundo e defenda que ainda poderá haver salvação para o SNS, mas as questões ideológicas têm de ficar de fora, já que o tempo esgota-se e novembro começa amanhã. E, afinal, se o SNS falir quem vai sofrer mais, como é óbvio, são os doentes mais pobres, à semelhança do que se passa nas Venezuelas desta vida.
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Por Uma Democracia de Qualidade
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