O dia 5 de Fevereiro de 2032, em que o Francisco Falcão fez 82 anos - aos quais nunca julgara ir chegar -, nasceu ainda mais frio do que os anteriores e este Inverno parecia ser nisso ainda pior que os que o antecederam, o que contribuiu para que cada vez com mais frequência ele se fosse deixando ficar na cama até mais tarde e neste dia festivo só de lá iria sair depois do meio-dia. O filho viera na véspera trazer-lhe como prenda de anos um pacote quase meio de massa do tipo cotovelinho de que ele muito gostava e um pão de mistura fatiado, coisas que se tinham vindo tornando cada vez mais valiosas e que ele iria usar com muita parcimónia, congelando a maior parte do pão para que durasse para os próximos quatro ou cinco dias.

Decidiu que quando se levantasse iria fazer uma das comidas que na situação actual é das suas preferidas, sendo simples e tanto mais quanto de menos ingredientes se dispuser: num tacho de tamanho familiar para dar para alguns dias, iria usar uma chávena grande cheia daquela massa, começando por pôr o mesmo no fogão com cinco ou seis chávenas de água e uma pitada de sal. Quando a água começasse a ferver despejaria lá a chávena da preciosa massa, juntando um pouco de concentrado de tomate da bisnaga que lhe restava, daquelas com que se abastecera mais de quatro anos atrás e que - tal como fizera com muitas latas de diversas conservas e outras preciosidades, que previra suficientes para o resto da sua vida, mantinha no frigorífico para, segundo os seus critérios, lhes prolongar os prazos de validade. Juntaria depois um pouco da manteiga que lhe restava, dois dentes de alho, uma cenoura, duas batatas e um piripiri tudo da sua produção e devidamente picados. Mais tarde e mexendo sempre, juntaria três ovos dos que as suas quatro galinhas lhe iam dando. Quando tudo estivesse cozido tiraria do lume e juntaria as três fatias de pão para esse efeito já desfeitas em bocadinhos, bem como os coentros do seu canteiro bem picados. E assim ficaria pronto o seu manjar de ensopado de massa com ovo que, com alguma fruta do seu quintal lhe haveria de servir de alimento naquele seu dia aniversário, bem como nos dias seguintes à razão de dois pratos de sopa em cada dia.

Os tempos agora eram de extrema escassez de alimentos, supondo ser graças a esta escassez que perdera os quase trinta quilos em excesso de peso que carregava cinco anos atrás, o que acreditava lhe prolongara a vida até ao presente, além de o fazer sentir-se muito mais leve e até mais ágil para tratar da horta e das galinhas.

Para além desse benefício, quando se punha a pensar na vida o Francisco concluía ser um privilegiado, porque após tanta mortandade, dos amigos e conhecidos do seu tempo já poucos restavam, alguns deles levados por problemas relacionados com a escassez. A fome e as suas sequelas tinham ceifado grande parte da população não só no país, mas em muito maior escala por todo o mundo, incluindo o quase sumiço de tudo o que era no passado animal de companhia, sacrificado na luta pela vida dos seus possuidores. Foi assim atingido o objectivo de poderosas organizações mundiais, relativo à redução drástica da população do planeta que em menos de quatro anos se reduziu em mais de dois mil milhões, dos quais apenas uma parte reduzida resultou das terríveis guerras que foram devastando o planeta. As grandes fomes tiveram maior impacto e consequências nas regiões mais pobres de África, América do Sul, Caraíbas e em vastas regiões do continente asiático, tudo regiões onde a devastação continuava em bom ritmo.

Sim! Contrariamente ao de início previsto e desejado pelos cidadãos acomodados, a indomável juventude que no início dos anos vinte tomara muito a sério sobre os seus ombros a luta pela salvação do planeta, do ambiente e do clima, conseguira triunfar nos seus nobres objetivos. Estes jovens, de início só ligados à chamada extrema esquerda, foram sendo cada vez em maior número e mais aguerridos, acabando por impor com notável rapidez a sua agenda que, entre outras medidas e em apenas três anos, levou todos os meios de transporte terrestre baseados em combustíveis fósseis a saírem de circulação, impôs o fim da utilização de fertilizantes não naturais e de agro-químicos, drásticas limitações na exploração e criação pecuária e piscícola, a proibição da utilização de quaisquer tipo de químicos nas rações para alimentação de toda a produção animal, entre muitas outras limitações e regulamentações restritivas, como que foi possível conseguir reduzir para menos de metade a produção agro-alimentar.

O resultado da queda repentina da produção e da corrida ao açambarcamento ocorrida no início do processo, foi a rápida subida dos preços para níveis muito acima do que a maioria da população pode suportar, sem que as margens de lucro na produção, na logística e na distribuição se tenham reduzido, aliás bem pelo contrário por conta da enorme procura.

À semelhança de grande parte das pessoas e prevendo o que iria acontecer, o Francisco precaveu-se com as reservas que pôde, situação que à escala do planeta ajudou a acelerar e a tornar dramáticos a escassez e o aumento dos preços. À falta e aos preços especulativos dos artigos de primeira necessidade, juntaram-se por todo o mundo enormes legiões de desempregados, o que causou a falência das estruturas de apoio social e dos fundos de pensões, causando absoluta a falta dos recursos suficientes para garantir alimentos por parte da maior parte da população e com isso fomes generalizadas, instabilidade geral, insurreições, mais guerras, muitos mais regimes autoritários, mais privação de liberdades. Em resumo, o colapso geral da economia mundial.

Mas o ambiente natural no planeta fora preservado, a epidemia de obesidade que por todo o mundo vinha alastrando nas décadas anteriores foi ultrapassada e, se é certo que o clima se alheou de todo este esforço continuando a evoluir naturalmente, agora ao que parecia no sentido do arrefecimento, outro benefício conseguido foi a abundância de eletricidade e o seu reduzido custo que facilita a sua utilização no aquecimento das habitações, por quem ainda detém um mínimo de recursos para o poder fazer.

Tinha triunfado o bom senso e com isso o planeta tinha sido salvo.


O dia 5 de Fevereiro de 2032, em que o Francisco Falcão fez 82 anos - aos quais nunca julgara ir chegar -, nasceu ainda mais frio do que os anteriores e este Inverno parecia ser nisso ainda pior que os que o antecederam, o que contribuiu para que cada vez com mais frequência ele se fosse deixando ficar na cama até mais tarde e neste dia festivo só de lá iria sair depois do meio-dia. O filho viera na véspera trazer-lhe como prenda de anos um pacote quase meio de massa do tipo cotovelinho de que ele muito gostava e um pão de mistura fatiado, coisas que se tinham vindo tornando cada vez mais valiosas e que ele iria usar com muita parcimónia, congelando a maior parte do pão para que durasse para os próximos quatro ou cinco dias.

Decidiu que quando se levantasse iria fazer uma das comidas que na situação actual é das suas preferidas, sendo simples e tanto mais quanto de menos ingredientes se dispuser: num tacho de tamanho familiar para dar para alguns dias, iria usar uma chávena grande cheia daquela massa, começando por pôr o mesmo no fogão com cinco ou seis chávenas de água e uma pitada de sal. Quando a água começasse a ferver despejaria lá a chávena da preciosa massa, juntando um pouco de concentrado de tomate da bisnaga que lhe restava, daquelas com que se abastecera mais de quatro anos atrás e que - tal como fizera com muitas latas de diversas conservas e outras preciosidades, que previra suficientes para o resto da sua vida, mantinha no frigorífico para, segundo os seus critérios, lhes prolongar os prazos de validade. Juntaria depois um pouco da manteiga que lhe restava, dois dentes de alho, uma cenoura, duas batatas e um piripiri tudo da sua produção e devidamente picados. Mais tarde e mexendo sempre, juntaria três ovos dos que as suas quatro galinhas lhe iam dando. Quando tudo estivesse cozido tiraria do lume e juntaria as três fatias de pão para esse efeito já desfeitas em bocadinhos, bem como os coentros do seu canteiro bem picados. E assim ficaria pronto o seu manjar de ensopado de massa com ovo que, com alguma fruta do seu quintal lhe haveria de servir de alimento naquele seu dia aniversário, bem como nos dias seguintes à razão de dois pratos de sopa em cada dia.

Os tempos agora eram de extrema escassez de alimentos, supondo ser graças a esta escassez que perdera os quase trinta quilos em excesso de peso que carregava cinco anos atrás, o que acreditava lhe prolongara a vida até ao presente, além de o fazer sentir-se muito mais leve e até mais ágil para tratar da horta e das galinhas.

Para além desse benefício, quando se punha a pensar na vida o Francisco concluía ser um privilegiado, porque após tanta mortandade, dos amigos e conhecidos do seu tempo já poucos restavam, alguns deles levados por problemas relacionados com a escassez. A fome e as suas sequelas tinham ceifado grande parte da população não só no país, mas em muito maior escala por todo o mundo, incluindo o quase sumiço de tudo o que era no passado animal de companhia, sacrificado na luta pela vida dos seus possuidores. Foi assim atingido o objectivo de poderosas organizações mundiais, relativo à redução drástica da população do planeta que em menos de quatro anos se reduziu em mais de dois mil milhões, dos quais apenas uma parte reduzida resultou das terríveis guerras que foram devastando o planeta. As grandes fomes tiveram maior impacto e consequências nas regiões mais pobres de África, América do Sul, Caraíbas e em vastas regiões do continente asiático, tudo regiões onde a devastação continuava em bom ritmo.

Sim! Contrariamente ao de início previsto e desejado pelos cidadãos acomodados, a indomável juventude que no início dos anos vinte tomara muito a sério sobre os seus ombros a luta pela salvação do planeta, do ambiente e do clima, conseguira triunfar nos seus nobres objetivos. Estes jovens, de início só ligados à chamada extrema esquerda, foram sendo cada vez em maior número e mais aguerridos, acabando por impor com notável rapidez a sua agenda que, entre outras medidas e em apenas três anos, levou todos os meios de transporte terrestre baseados em combustíveis fósseis a saírem de circulação, impôs o fim da utilização de fertilizantes não naturais e de agro-químicos, drásticas limitações na exploração e criação pecuária e piscícola, a proibição da utilização de quaisquer tipo de químicos nas rações para alimentação de toda a produção animal, entre muitas outras limitações e regulamentações restritivas, como que foi possível conseguir reduzir para menos de metade a produção agro-alimentar.

O resultado da queda repentina da produção e da corrida ao açambarcamento ocorrida no início do processo, foi a rápida subida dos preços para níveis muito acima do que a maioria da população pode suportar, sem que as margens de lucro na produção, na logística e na distribuição se tenham reduzido, aliás bem pelo contrário por conta da enorme procura.

À semelhança de grande parte das pessoas e prevendo o que iria acontecer, o Francisco precaveu-se com as reservas que pôde, situação que à escala do planeta ajudou a acelerar e a tornar dramáticos a escassez e o aumento dos preços. À falta e aos preços especulativos dos artigos de primeira necessidade, juntaram-se por todo o mundo enormes legiões de desempregados, o que causou a falência das estruturas de apoio social e dos fundos de pensões, causando absoluta a falta dos recursos suficientes para garantir alimentos por parte da maior parte da população e com isso fomes generalizadas, instabilidade geral, insurreições, mais guerras, muitos mais regimes autoritários, mais privação de liberdades. Em resumo, o colapso geral da economia mundial.

Mas o ambiente natural no planeta fora preservado, a epidemia de obesidade que por todo o mundo vinha alastrando nas décadas anteriores foi ultrapassada e, se é certo que o clima se alheou de todo este esforço continuando a evoluir naturalmente, agora ao que parecia no sentido do arrefecimento, outro benefício conseguido foi a abundância de eletricidade e o seu reduzido custo que facilita a sua utilização no aquecimento das habitações, por quem ainda detém um mínimo de recursos para o poder fazer.

Tinha triunfado o bom senso e com isso o planeta tinha sido salvo.

Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”.
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Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento.

Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa.
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Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação.
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“Quando somos crianças, perguntamos sempre porquê, mas os adultos esquecem-se de continuar a perguntar. Limitam-se a aceitar.”

Colum McCann in Apeirogon

Na citação acima podemos encontrar a explicação para a passividade face aos desastres ambientais revelada pelas gerações menos jovens.
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Não veio do nada este tema, proposto aos meus alunos, para reflectirem e treinarem o domínio da escrita. Ele é recorrente em textos que lemos e analisamos e ainda foi discutido na sequência do visionamento de um filme, cuja personagem principal sofre de alzheimer.
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Hoje, domingo, dia em que escrevo, tive não apenas a sensação, mas a certeza de que este mundo já não é o meu. Esse a que chamei meu acabou. Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás.
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Declaração de interesses: sou sócio da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos há mais de 20 anos, sócio de quotas pagas e dos que não desistem de vez em quando e voltam a entrar, ao sabor das circunstâncias.
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Já, no passado, escrevi que só voltaria a crer numa justiça democrática em Portugal no dia em que Ricardo Salgado e José Sócrates se sentassem, em julgamento, no banco dos réus. O que tem acontecido nos últimos tempos abriu no meu cepticismo algumas frestas de esperança.
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Pede-se que as campanhas eleitorais sejam esclarecedoras, o que pressupõe a existência de um público a ser esclarecido. Esta ideia de esclarecimento está ligada à ideia de verdade. Esclarecer significa permitir aos eleitores o acesso à verdade.
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2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões

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22.02.2024


O dia 5 de Fevereiro de 2032, em que o Francisco Falcão fez 82 anos - aos quais nunca julgara ir chegar -, nasceu ainda mais frio do que os anteriores e este Inverno parecia ser nisso ainda pior que os que o antecederam, o que contribuiu para que cada vez com mais frequência ele se fosse deixando ficar na cama até mais tarde e neste dia festivo só de lá iria sair depois do meio-dia. O filho viera na véspera trazer-lhe como prenda de anos um pacote quase meio de massa do tipo cotovelinho de que ele muito gostava e um pão de mistura fatiado, coisas que se tinham vindo tornando cada vez mais valiosas e que ele iria usar com muita parcimónia, congelando a maior parte do pão para que durasse para os próximos quatro ou cinco dias.

Decidiu que quando se levantasse iria fazer uma das comidas que na situação actual é das suas preferidas, sendo simples e tanto mais quanto de menos ingredientes se dispuser: num tacho de tamanho familiar para dar para alguns dias, iria usar uma chávena grande cheia daquela massa, começando por pôr o mesmo no fogão com cinco ou seis chávenas de água e uma pitada de sal. Quando a água começasse a ferver despejaria lá a chávena da preciosa massa, juntando um pouco de concentrado de tomate da bisnaga que lhe restava, daquelas com que se abastecera mais de quatro anos atrás e que - tal como fizera com muitas latas de diversas conservas e outras preciosidades, que previra suficientes para o resto da sua vida, mantinha no frigorífico para, segundo os seus critérios, lhes prolongar os prazos de validade. Juntaria depois um pouco da manteiga que lhe restava, dois dentes de alho, uma cenoura, duas batatas e um piripiri tudo da sua produção e devidamente picados. Mais tarde e mexendo sempre, juntaria três ovos dos que as suas quatro galinhas lhe iam dando. Quando tudo estivesse cozido tiraria do lume e juntaria as três fatias de pão para esse efeito já desfeitas em bocadinhos, bem como os coentros do seu canteiro bem picados. E assim ficaria pronto o seu manjar de ensopado de massa com ovo que, com alguma fruta do seu quintal lhe haveria de servir de alimento naquele seu dia aniversário, bem como nos dias seguintes à razão de dois pratos de sopa em cada dia.

Os tempos agora eram de extrema escassez de alimentos, supondo ser graças a esta escassez que perdera os quase trinta quilos em excesso de peso que carregava cinco anos atrás, o que acreditava lhe prolongara a vida até ao presente, além de o fazer sentir-se muito mais leve e até mais ágil para tratar da horta e das galinhas.

Para além desse benefício, quando se punha a pensar na vida o Francisco concluía ser um privilegiado, porque após tanta mortandade, dos amigos e conhecidos do seu tempo já poucos restavam, alguns deles levados por problemas relacionados com a escassez. A fome e as suas sequelas tinham ceifado grande parte da população não só no país, mas em muito maior escala por todo o mundo, incluindo o quase sumiço de tudo o que era no passado animal de companhia, sacrificado na luta pela vida dos seus possuidores. Foi assim atingido o objectivo de poderosas organizações mundiais, relativo à redução drástica da população do planeta que em menos de quatro anos se reduziu em mais de dois mil milhões, dos quais apenas uma parte reduzida resultou das terríveis guerras que foram devastando o planeta. As grandes fomes tiveram maior impacto e consequências nas regiões mais pobres de África, América do Sul, Caraíbas e em vastas regiões do continente asiático, tudo regiões onde a devastação continuava em bom ritmo.

Sim! Contrariamente ao de início previsto e desejado pelos cidadãos acomodados, a indomável juventude que no início dos anos vinte tomara muito a sério sobre os seus ombros a luta pela salvação do planeta, do ambiente e do clima, conseguira triunfar nos seus nobres objetivos. Estes jovens, de início só ligados à chamada extrema esquerda, foram sendo cada vez em maior número e mais aguerridos, acabando por impor com........

© Jornal Torrejano


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