No mundo civilizado, são comuns as edições anotadas dos grandes textos da literatura universal, da Bíblia a Lolita. Nada impede, porém, que em Portugal se anotem os pequenos textos da corrente edição do “Expresso”, tarefa que dedico ao seguinte artigo de Isabel Moreira, “Pedro Nuno Santos, por um futuro merecido”.

Como já referi, considero terrivelmente injusta a forma como ocorreu a demissão de António Costa. Foi um choque.
Além da original repetição da palavra “como” numa única frase, destaca-se a original utilização da palavra “choque” para classificar o mais trivial dos acontecimentos: um primeiro-ministro do PS que foge do lodaçal que ele próprio edificou.

“O dia daquele comunicado de imprensa da PGR, com um último parágrafo vago sobre o primeiro-ministro é, objetivamente, um trauma. (…)
A dra. Isabel é um bocadinho hiperbólica: tudo é terrível, choque, trauma. Também merece relevo a adopção fiel das indicações da central de propaganda socialista, que atribui a demissão a um “parágrafo vago”, tão vago e inconsequente que ditou a queda voluntária do dr. Costa. Afinal, o dr. Costa decidiu sair sem culpa nem motivo, opção que não abona em favor do homem. Ao querer fazer dele um inocente no sentido jurídico do termo, a central de propaganda socialista arrisca transformá-lo num inocente no sentido popular.

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Autópsia de uma crónica de Isabel Moreira

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18.11.2023

No mundo civilizado, são comuns as edições anotadas dos grandes textos da literatura universal, da Bíblia a Lolita. Nada impede, porém, que em Portugal se anotem os pequenos textos da corrente edição do “Expresso”, tarefa que dedico ao seguinte artigo de Isabel Moreira, “Pedro Nuno Santos, por um futuro merecido”.

Como já referi, considero terrivelmente injusta a forma como ocorreu a demissão de........

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