Talvez a fim de celebrar a presidência do Fórum Social do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, que assumiu na quinta-feira, o Irão decidiu devolver ao Afeganistão os mais de cinco milhões de refugiados que fugiram dos talibãs. Não tenho acompanhado o “ranking”, mas deve ser uma das maiores deportações da História – e, dadas as circunstâncias e o destino, sem dúvida uma das mais cruéis. Notícias a propósito? Poucas e breves. Manifestações de protesto e dor nas cidades europeias e americanas, organizadas pela extrema-esquerda e por islâmicos em fúria? Que eu saiba, cerca de zero. “Posts” aflitos das manas Mortágua? Exactamente zero. Mensagens compungidas de Guterres, o Vácuo? Até ver, menos que zero.

Uns dias antes, o Paquistão iniciara a deportação de um milhão e setecentos mil afegãos, com repercussões idênticas, leia-se nulas, no Ocidente. E não, o Público não divulgou um abaixo-assinado de setenta “personalidades” chorosas.

Há anos que os uigures da China, quase nove milhões deles, são reprimidos, torturados, enfiados em campos de trabalho, deslocados em massa e esterilizados. Salvo as vítimas e os carrascos, ninguém, incluindo os “humanistas” do PCP, liga ao assunto.

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O ódio que não tem vergonha de dizer o seu nome

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04.11.2023

Talvez a fim de celebrar a presidência do Fórum Social do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, que assumiu na quinta-feira, o Irão decidiu devolver ao Afeganistão os mais de cinco milhões de refugiados que fugiram dos talibãs. Não tenho acompanhado o “ranking”, mas deve ser uma das maiores deportações da História – e, dadas as circunstâncias e o destino, sem dúvida uma das mais........

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