Os principais problemas com que Portugal se enfrenta são: um Estado endividado; uma carga fiscal insustentável; dívidas privadas que esmagam famílias e indivíduos; uma economia estagnada e cada vez mais dependente de um só produto, que é o turismo; a queda demográfica; serviços públicos em crise; dificuldade dos portugueses no acesso à saúde; dificuldade na aquisição ou arrendamento de casa para habitar; um sistema eleitoral caduco; um PS que se eterniza poder quando ganha e mesmo quando perde; uma descrença nas instituições e na capacidade da classe política em as revitalizar e, por fim, as dezenas de milhares de jovens que todos os anos saem de Portugal para fugirem do PS.

Em traços muito gerais este é o resultado de 25 anos de socialismo do PS. É algo que já sabemos, pelo que este texto não versa sobre isso, mas sobre se é o que queremos para os próximos 25. Os problemas são conhecidos e as fórmulas tentadas à exaustão falharam. Vamos fazer diferente ou daqui a um quarto de século continuamos o lamurio das escolhas erradas?

De acordo com as sondagens, boa parte dos eleitores que estão fartos e zangados tencionam votar em André Ventura. É o chamado voto de protesto. Animado, Ventura promete-lhes mudança. Como? Na semana que passou deixou algumas pistas: para garantir o aumento das pensões, promete lançar uma contribuição especial sobre a banca, combater a corrupção e a economia paralela. Esta última diminui-se com redução de impostos, de modo que deixe de ser financeiramente penoso declarar rendimentos. Como esse não pode ser o caminho de Ventura (pois precisa de dinheiro para as suas outras promessas) o que lhe resta é o aperto do fisco. A perseguição fiscal. Ora, no que é que isto difere de Mariana Mortágua? Também na última semana, Pedro Nuno Santos esclareceu que o crescimento económico não se faz pela via fiscal mas com uma economia mais forte (ou seja, dirigida por ele). Trocado por miúdos, não haverá alívio fiscal. No que é isto difere o partido socialista de André Ventura?

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Pedro Nuno, Mortágua & Ventura, Lda

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21.01.2024

Os principais problemas com que Portugal se enfrenta são: um Estado endividado; uma carga fiscal insustentável; dívidas privadas que esmagam famílias e indivíduos; uma economia estagnada e cada vez mais dependente de um só produto, que é o turismo; a queda demográfica; serviços públicos em crise; dificuldade dos portugueses no acesso à saúde; dificuldade na aquisição ou arrendamento de casa para habitar; um sistema eleitoral caduco; um PS que se eterniza poder quando ganha e mesmo quando perde; uma descrença nas instituições e na capacidade da classe política em as revitalizar e, por........

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