Agora que se aproxima o fim dos dois primeiros dias de 2024, é a altura ideal para efectuar o tradicional balanço do ano. Duas razões levam-me a optar por este exame precoce. Uma de índole pessoal, outra de natureza patriótica.

A primeira é uma questão de gosto. Sou grande apreciador do estilo balancístico que esmiúça em revista o período a comentar, expurgando-o dos detalhes insignificantes e reduzindo-o ao essencial. Uma depuração analítica que figurará nos anais da história. Sou um cronista das grandes tendências, dos fundamentos, dos traços gerais, mais macro que micro. Mas, acima de tudo, sou um cronista madraço: para fazer a retrospectiva basta abrir o arquivo no computador, consultar as crónicas relativas à época em questão, ver sobre que temas mais se falou e sumarizar. É a razão preguiçosa.

Depois há a razão patriótica, que tem que ver com o meu amor pelo país: faço o balanço hoje porque neste ano ainda não houve tempo para Portugal fazer merda. É inegável que 2024 está a correr bem à pátria. E não é só uma questão de opinião, ajudada pelo facto de a maioria dos portugueses ter estado ébria grande parte de 2024. É por ainda não ter ocorrido nenhuma daquelas situações embaraçosas que, sendo Portugal o que é, inevitavelmente se vão suceder em catadupa até Dezembro.

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QOSHE - Balanço de 2024 até às 11h47 de 2 de Janeiro  - José Diogo Quintela
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Balanço de 2024 até às 11h47 de 2 de Janeiro 

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02.01.2024

Agora que se aproxima o fim dos dois primeiros dias de 2024, é a altura ideal para efectuar o tradicional balanço do ano. Duas razões levam-me a optar por este exame precoce. Uma de índole pessoal, outra de natureza patriótica.

A primeira é uma questão de gosto. Sou grande apreciador do estilo balancístico que esmiúça em revista o período a comentar, expurgando-o dos detalhes insignificantes e reduzindo-o ao........

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