Segundo os últimos dados, a inflação tem vindo a abrandar. Mas isso é o que dizem os economistas com os seus gráficos. Na vida real, no dia-a-dia, as pessoas comuns continuam a sentir o aumento dos preços quando vão à farmácia aviar receitas, ao mercado abastecer-se de legumes ou ao Parlamento negociar orçamentos de Estado.
É por isso que a ligação do PS com o povo português é tão forte. Há uma profunda cumplicidade, forjada na partilha do infortúnio comum, pois os socialistas também sabem quanto dói a inflação. Como a carteira dos consumidores, que se lembra de quanto custava antes e de quanto custa agora, o bolso socialista também guarda a memória dos tempos em que gastava muito menos pelo mesmo cabaz.
Há 20 anos, o apoio parlamentar necessário para passar um Orçamento de Estado trocava-se por uma fábrica de queijo limiano; hoje, pelo mesmo produto, o Governo é obrigado a oferecer uma empresa de correios que também é um banco. Longe vão os tempos em que uma fabriqueta era boa moeda. Agora, menos que os CTT não chega.
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