Poderia começar de modo menos sério repetindo o lema dos «golpes, tachos e cunhas» que marcaram a longa e abusiva tomada do poder pelo PS há oito anos, quando o político profissional António Costa tirou da manga o golpe da «geringonça» que ele havia congeminado antes de ser conhecida a vitória da Aliança Democrática (PSD-CDS). Com efeito, esse golpe só prevaleceu em 2015 pois a presidência de Cavaco Silva já entrara nos seis meses finais do seu mandato e não podia dissolver o parlamento nem convocar nova votação…
Em suma, aquilo que começou mal não podia deixar de correr pior e acabar pessimamente: ninguém o sabe melhor que o primeiro-ministro demissionário apesar das suas óptimas avaliações que poucos serão a apreciar… Peço então licença para remeter os leitores para um artigo que publiquei há pouco tempo acerca da democracia enquanto sistema político.
Não diz especificamente respeito a Portugal mas aplica-se totalmente à nossa actual crise política onde um regime democrático conquistado militarmente cedeu, após meio século, ao poder fáctico de que o PS se apoderou, ao mesmo tempo que deu o «golpe da geringonça» e açambarcou os «tachos» e as «cunhas»!
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