Como é sabido, o Papa Francisco tinha previsto participar, presencialmente, na Cimeira das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 28). Por razões de saúde, foi impedido de se deslocar ao Dubai e, por isso, enviou uma mensagem, que foi lida pelo Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin.

Na sua comunicação, o Papa Francisco optou por um tom apocalíptico, ao frisar “a urgência da hora que vivemos”, “porque agora, mais do que nunca, o futuro de todos depende do presente que escolhermos”. Mais adiante, recordou que “o dever a que hoje estamos chamados tem a ver, não com o ontem, mas com o amanhã; um amanhã que, queiramos ou não, será de todos ou não existirá.

As alterações climáticas, que são sobretudo um tema científico e político, têm implicações morais, que explicam a intervenção do Papa. Com efeito, Francisco, citando a sua recente Exortação Apostólica Laudate Deum, sublinhou a natureza moral da questão ecológica: “Estou convosco, porque a devastação da criação é uma ofensa a Deus, um pecado não só pessoal mas também estrutural que recai sobre os seres humanos, sobretudo os mais débeis, um grave perigo que grava sobre cada um com o risco de desencadear um conflito entre as gerações. Estou convosco, porque a mudança climática é ‘um problema social global que está intimamente ligado à dignidade da vida humana’ (Laudate Deum, 3).”

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O Papa Francisco e a COP 28

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16.12.2023

Como é sabido, o Papa Francisco tinha previsto participar, presencialmente, na Cimeira das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 28). Por razões de saúde, foi impedido de se deslocar ao Dubai e, por isso, enviou uma mensagem, que foi lida pelo Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin.

Na sua comunicação, o Papa Francisco optou por um tom apocalíptico, ao frisar “a urgência da hora que vivemos”, “porque agora, mais........

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