Ao fim de quase 30 anos de poder socialista, o país tem muitos problemas, mas na raiz de muitos desses problemas, está um só e grande problema: a economia portuguesa deixou há mais de vinte anos de convergir com a média europeia. Pensem, por exemplo, na emigração ou na crise da habitação. Se os portugueses tivessem continuado a enriquecer como enriqueceram sob os governos de Cavaco Silva, haveria tantos jovens diplomados com razões para sair do país, ou sem meios para comprar uma casa?

Para este problema básico, Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro têm soluções muito diferentes. Não são apenas tecnicamente diferentes. Correspondem, como cada um deles aliás fez questão de dizer no debate de segunda-feira, a visões opostas da sociedade.

Pedro Nuno Santos é um adepto, como os governos da Europa estagnada dos anos 1970, do dirigismo industrial. Acredita numa economia planeada e conduzida pelo Estado. Propõe, por isso, manter a enorme carga fiscal, e engrandecer ainda mais a influência do Estado. Para Santos, tudo estará resolvido quando uma comissão de meia dúzia de sábios, com os devidos cartões de militante do PS, tiver todo o poder para, de cima para baixo, escolher os negócios, decidir os investimentos, orientar os consumos.

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Uma confusão de que não precisávamos

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23.02.2024

Ao fim de quase 30 anos de poder socialista, o país tem muitos problemas, mas na raiz de muitos desses problemas, está um só e grande problema: a economia portuguesa deixou há mais de vinte anos de convergir com a média europeia. Pensem, por exemplo, na emigração ou na crise da habitação. Se os portugueses tivessem continuado a enriquecer como enriqueceram sob os governos de Cavaco Silva, haveria........

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