1. O primeiro-ministro não parece ter aprendido grande coisa com a eleição do presidente da Assembleia da República, na semana passada. Não percebeu que governar com o apoio de apenas um terço dos deputados não é a mesma coisa que governar com 40% ou com uma maioria. Não percebeu que para governar vai ter de ceder ou prescindir de parte do seu poder, como cedeu e prescindiu por estes dias quando concordou que o PS elegesse um presidente da AR para uma presumível segunda metade da legislatura. Não percebeu que o seu discurso de tomada de posse, com tantas certezas, tantas exigências e tanto desdém pelos seus potenciais interlocutores só podia ser interpretado de duas maneiras: como um sinal de arrogância, ou como um gesto de provocação.

QOSHE - A arrogância não é exclusiva das maiorias - Manuel Carvalho
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A arrogância não é exclusiva das maiorias

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04.04.2024

1. O primeiro-ministro não parece ter aprendido grande coisa com a eleição do presidente da Assembleia da República, na semana passada. Não percebeu que governar com o apoio de........

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