Bem sabemos que os congressos partidários se transformaram em rituais da tribo em que prevalece o elogio, o sectarismo, a devoção acéfala a quem manda, a ausência de autocrítica, a complacência com os erros próprios ou a ausência de ideias. O 24.º Congresso do PS não escapou à regra, a ponto de se tornar penoso ver tantas cabeças brilhantes encharcarem a plateia com as banalidades do costume. No ritual, o discurso de Pedro Nuno Santos esboçou caminhos para o país e merece elogio, goste-se ou não do que ele propõe. Mas ainda mais profundas e substanciais foram as palavras de Francisco Assis, que para lá do elogio merecem atenção e reflexão. Assis diria depois que aquilo que disse podia ter sido dito num momento solene, como o 10 de Junho, e é verdade. É possível falar para um plenário de militantes e dizer coisas com liberdade, substância e sem a autocensura que distingue os apparatchiki dos democratas.

QOSHE - O que disse Francisco Assis - Manuel Carvalho
menu_open
Columnists Actual . Favourites . Archive
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close
Aa Aa Aa
- A +

O que disse Francisco Assis

6 32
11.01.2024

Bem sabemos que os congressos partidários se transformaram em rituais da tribo em que prevalece o elogio, o sectarismo, a devoção acéfala a quem manda, a ausência de autocrítica, a complacência com os erros próprios ou a ausência........

© PÚBLICO

Get it on Google Play