Não é raro ler esta frase a encimar um qualquer texto, noticioso ou de opinião. Até já deu título a um livro, Prenúncio de Morte, do portuense Luís Vilas Espinheira (2018). Mas ela é-nos mais familiar a partir da uma célebre canção dos também portuenses GNR, onde “prenúncio de morte” rima com “pronúncia do Norte” (aliás, o seu título), na letra de Rui Reininho com música de Toli César Machado. Mas se recuarmos umas décadas, podemos encontrá-la no texto de um lisboeta: “Sinto-me às vezes tocado, não sei porquê, de um prenúncio de morte…” A frase está no Livro do Desassossego (pág. 74 da edição de Richard Zenith para a Assírio & Alvim, 1998), assinado por Bernardo Soares. Ou seja, Fernando Pessoa (1888-1935). Que através desse seu heterónimo via essa morte como “um cansaço que quer um sono tão profundo que o dormir lhe não basta”.

QOSHE - Depois de tanto “prenúncio de morte”, o que virá? - Nuno Pacheco
menu_open
Columnists Actual . Favourites . Archive
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close
Aa Aa Aa
- A +

Depois de tanto “prenúncio de morte”, o que virá?

9 2
04.01.2024

Não é raro ler esta frase a encimar um qualquer texto, noticioso ou de opinião. Até já deu título a um livro, Prenúncio de Morte, do portuense Luís Vilas Espinheira (2018). Mas ela é-nos mais familiar a partir da........

© PÚBLICO

Get it on Google Play