1. O Conselho Europeu terminou na sexta-feira à hora prevista, contrariando as previsões de uma reunião prolongada. O apoio à Ucrânia estava na base destas previsões. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, não tinha dado qualquer sinal de cedência na sua sistemática obstrução a esse apoio — quer ao início das negociações de adesão com Kiev em 2024, quer a uma ajuda financeira de 50 mil milhões de euros nos próximos quatro anos. A decisão sobre as negociações foi aprovada recorrendo a uma “artimanha” previamente encontrada num encontro de Orbán com Olaf Scholz, Emmanuel Macron e Ursula von der Leyen. Orbán saiu da sala quando a decisão foi aprovada pelos restantes 26 países. O primeiro-ministro húngaro regressou à sua prática habitual de chantagem — só consideraria o apoio financeiro se os fundos comunitários, incluindo o PRR, destinados à Hungria, que estão congelados porque o seu Governo viola as regras do Estado de direito, fossem libertados. A Comissão já tinha prometido descongelar dez mil milhões. Orbán quer tudo, ou seja, o dobro. Os líderes europeus saíram da reunião garantindo que conseguem contornar o problema a 26, caso Orbán não ceda até a uma cimeira extraordinária em Janeiro.

QOSHE - Os sonâmbulos - Teresa De Sousa
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Os sonâmbulos

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17.12.2023

1. O Conselho Europeu terminou na sexta-feira à hora prevista, contrariando as previsões de uma reunião prolongada. O apoio à Ucrânia estava na base destas previsões. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, não tinha dado qualquer sinal de cedência na sua sistemática obstrução a esse apoio — quer ao........

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