Ainda é muito cedo, na Libertadores são apenas duas de seis rodadas, antes da fase de mata mata. Já o Brasileiro, cantado em verso e prosa pela mídia do eixo que tem Flamídia e Palmeiras como favoritos, só vai iniciar no próximo final de semana. Durante a final do mineiro, naquela fajuta de televisão, foi dito que além dos dois times de sempre, os gaúchos fariam frente nessa briga por título e primeiras colocações. O Galo, pelo que disseram (até a virada acontecer), era um figurante sem destaque.

Reitero, estamos apenas no início de uma longa caminhada, mas o retrospecto recente sugere melhor respeito ao nosso time do coração. Quatro jogos, um empate e três vitórias, conquistando o regional e sendo o único brasileiro 100% na Libertadores. Flamídia, que empatou na estreia, assim como o Palmeiras, ontem enfrentou o poderoso Palestino – nem sei de onde é isso (alguém comentou ser chileno) – no Rio de Janeiro e venceu por incríveis dois a zero. Os gaúchos estão sugerindo nem avançar nas competições sul-americana. Grêmio dois jogos e zero ponto. Inter naquela competição menor, dois empates em dois jogos.

Dito isso, vamos ao jogo de ontem, com menos de 35 mil Atleticanos no estádio do Galo. Sonho com a tal prometida acústica corrigida, era para a Massa dar um show, mas o que presenciei foi muito diferente. O grito só apareceu aos 27 minutos do segundo tempo, tentando acordar um time sonolento na etapa final – de novo – e no instante seguinte tomamos o empate. Por felicidade, ou sorte que também precisa andar ao nosso lado, no instante seguinte Paulinho fez um golaço. Tento difícil, muito mais que os três que ele errou. Um ao final do primeiro tempo, outro que o goleiro apareceu muito bem já no segundo tempo e o último depois dos dois a um. Que fase!

Pelo parágrafo anterior pode parecer que não gostei, mas não é assim, voltei pra casa radiante e dormi bem depois de mais uma vitória do time comandado pelo Milito. Foi nossa quarta formação diferente nos quatro jogos do novo treinador. O argentino, ao que sinto, já tem a total confiança do elenco. Vem revezando e, ainda que a síndrome do segundo tempo se faça sempre presente, está conhecendo melhor o elenco e as qualidades dos nossos bons jogadores. Ontem disse e fui contestado, com respeito dos comentaristas, que Milito estaria recuperando jogadores desacreditados e citei Jemerson, Saravia e até o Vargas.

Pois o zagueiro, além de ter salvado um gol do adversário, nenhuma culpa teve no tento sofrido. Mas malhar o Jemerson fica mais fácil, ainda que a falha tenha sido do bom Alan Franco. Foi o único erro do meio campista. Mas as vaias ensaiadas eram para Jemerson e Paulinho. O artilheiro do Galo na Libertadores agora soma três gols nos seis assinalados pelo time nas duas partidas. Ah! Scarpa, que já vinha sendo malhado, marcou o seu segundo gol pelo Galo. Domingo fechou o título e ontem abriu o placar. Assim é o futebol. A magia dessa paixão é exatamente essa, a realidade de hoje pode ser totalmente contraditória na próxima partida. Chega na frente o primeiro lugar geral. Lembro que são 32 disputando a Libertadores, 20 o Brasileiro, já estamos em 32 na Copa do Brasil, sendo que apenas um será o campeão de cada competição. Assim, como no mineiro, eram 12 e levantamos o título.

Começamos a partida impondo a condição de dono da casa, dominando o jogo, e nas arquibancadas parecia que só aguardando o momento de comemorar o(s) gol(s). Sem aflição! Diferente da nossa histórica condição. Isso antes do início do segundo tempo, pois os gols perdidos e a sonolência devolveram e deixaram a adrenalina em transe. No final, vitória e três pontos na capanga, que é o objeto em cada novo confronto, independente do contendor e do campeonato. Que venham todos. Libertadores cacifando para o Mundial, Brasileiro e Copa do Brasil. Que assim seja pois aqui é Gaaalooo, po##@!

*fotos: Pedro Souza/Atlético

QOSHE - Galo vai se credenciando apesar da mídia do eixo - Eduardo De Ávila
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Galo vai se credenciando apesar da mídia do eixo

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11.04.2024

Ainda é muito cedo, na Libertadores são apenas duas de seis rodadas, antes da fase de mata mata. Já o Brasileiro, cantado em verso e prosa pela mídia do eixo que tem Flamídia e Palmeiras como favoritos, só vai iniciar no próximo final de semana. Durante a final do mineiro, naquela fajuta de televisão, foi dito que além dos dois times de sempre, os gaúchos fariam frente nessa briga por título e primeiras colocações. O Galo, pelo que disseram (até a virada acontecer), era um figurante sem destaque.

Reitero, estamos apenas no início de uma longa caminhada, mas o retrospecto recente sugere melhor respeito ao nosso time do coração. Quatro jogos, um empate e três vitórias, conquistando o regional e sendo o único brasileiro 100% na Libertadores. Flamídia, que empatou na estreia, assim como o Palmeiras, ontem enfrentou o poderoso Palestino – nem sei de onde é isso (alguém comentou ser chileno) – no Rio de Janeiro e venceu por incríveis dois a zero. Os gaúchos........

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