Se o Galo consolidar a classificação para mais uma final, vamos ter a oportunidade de reviver um clássico que dominou o futebol mineiro por algumas décadas a partir do final dos anos 60. As duas equipes, via de regra, disputavam essa partida final, até que de uns tempos para cá, nosso time do coração passou a decidir os títulos regionais com outras equipes de Minas Gerais. O América, em algumas oportunidades, e até mesmo Ipatinga, Caldense e Tombense.
A se confirmar nossa vaga, será a 18ª consecutiva, sendo que até o momento entre as 17 vencemos 10 e fomos vice em outras sete oportunidades. No tetra Atleticano, estamos lutando pelo penta, disputamos duas finais com o coelho, uma vez com o gavião carcará e outra com a mesma raposa, que já garantiu vaga na final. Daí a oportunidade de reedição desse histórico clássico mineiro. Buscamos nosso 49º título estadual, sendo que além dos 48 já catalogados, colecionamos 39 vices. Já o eventual adversário soma 38 conquistas e 26 vezes na segunda colocação.
Será, reitero, em caso de confirmação da nossa vaga na finalíssima, uma grande oportunidade para os mineiros de reviverem esse duelo. Além da rivalidade estadual, numa única oportunidade as duas equipes decidiram um título nacional. Foi na Copa do Brasil de 2014, com duas vitórias do Galo nas partidas, 2 a 0 e 1 a 0, como mandante e visitante respectivamente.
No Brasileirão, por pouco no já distante ano de 1987 – quando a cbf inventou módulo verde e outro amarelo – os mineiros capitularam nas semifinais. Numa quarta, o flamídia – que contou com aquele “apito amigo” tirou o Galo. Foi uma quinta-feira infernal, pois o outro lado tinha como certa que passaria pelo Internacional. No mesmo Mineirão da véspera, avançou o time gaúcho, comprovando que o castigo não perdoa a arrogância.

Pois bem, hoje à noite no tradicional campo do Sete, onde o Galo tem histórias e conquistas, que vamos poder selar a vaga para a decisão mineira. Foi a partir do antigo estádio Raimundo Sampaio que a Massa carregou Ubaldo nos ombros até a praça Sete para festejar conquistas dos primórdios, como diria o saudoso Kafunga. Também no mesmo local e já transformada em Arena, que o Galo – em seis jogos realizados – venceu quatro e empatou dois, carimbando a vaga para a grande final que superamos o Olimpia na Libertadores de 2013. Temos história naquele pedaço de Belo Horizonte, capital conhecida mundialmente como a Cidade do Galo.
E é com esse histórico e com muita determinação, que aguardamos a partida da noite deste domingo no Horto. Serão tão e somente 1900 Atleticanos, que somados a um bom número no meio da pequena torcida americana, irão levar sua boa energia ao time nessa decisão. O adversário, valoroso clássico de um passado já distante, precisa reverter a boa vantagem que abrimos na nossa casa. Para tanto, utilizam de um artifício medíocre, liberar menos de dois mil ingressos para a Massa Atleticana. Se vamos nesse número – teoricamente – menor, acreditem fossem 20 mil Torcedores do Galo, o efeito seria o mesmo. De que adianta reservar 5 mil lugares, no valor a partir de 16 reais, se sabemos que não passam de 2,3 mil americanos. E o time, que vai jogar a série B, ainda faria um bom caixa para quitar duas ou três folhas mensais de pagamento do elenco. Mas acreditam no kuei noel da páscoa que se aproxima. Pra cima deles, Gaaalooo!
*fotos: Pedro Souza/Atlético

QOSHE - Valendo emoção em decisão - Eduardo De Ávila
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Valendo emoção em decisão

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17.03.2024


Se o Galo consolidar a classificação para mais uma final, vamos ter a oportunidade de reviver um clássico que dominou o futebol mineiro por algumas décadas a partir do final dos anos 60. As duas equipes, via de regra, disputavam essa partida final, até que de uns tempos para cá, nosso time do coração passou a decidir os títulos regionais com outras equipes de Minas Gerais. O América, em algumas oportunidades, e até mesmo Ipatinga, Caldense e Tombense.
A se confirmar nossa vaga, será a 18ª consecutiva, sendo que até o momento entre as 17 vencemos 10 e fomos vice em outras sete oportunidades. No tetra Atleticano, estamos lutando pelo penta, disputamos duas finais com o coelho, uma vez com o gavião carcará e outra com a mesma raposa, que já garantiu vaga na final. Daí a oportunidade de reedição desse histórico clássico mineiro. Buscamos........

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